PIBinho à vista


Desastre na economia brasileira não tem a ver com crise internacional, alertam tucanos

14095466063_17f6bdede3_zO governo Dilma terá o pior desempenho econômico no avanço médio do PIB em um mandato presidencial desde 1995.  Se as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) se confirmarem, o país uma média de crescimento de 1,6% nos quatro anos de gestão da petista. Enquanto isso, a economia do mundo terá crescido em média 3,5% (contando a projeção de 2014), e a dos países emergentes, 5,1%. O cenário desmonta o discurso da presidente de que o fraco desempenho brasileiro esteja relacionado à crise internacional.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), lembrou via Facebook que a previsão geral dos analistas é de novo “PIBinho” em 2014, correndo o risco de chegar ao crescimento zero ou até retração da economia nacional. “Vale lembrar que, na prática, o Brasil já se encontra em recessão técnica: dois trimestres consecutivos com resultado negativo, com encolhimento de 0,2% no primeiro e 0,6% no segundo trimestres deste ano”. Para efeito de comparação, o tucano destaca que a projeção é de 2,2% para o PIB dos EUA e 7,4% para a China. “Ou seja, não dá pra jogar a culpa na ‘crise internacional’”, disse.

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O deputado Nilson Pinto (PA) afirma que o problema está na incompetência e falta de planejamento e de cuidado na execução das políticas econômicas. “Lamentavelmente nós estamos convivendo com isso há muito tempo. Enquanto havia no ambiente econômico mundial um clima favorável ao Brasil as coisas foram bem, mas quando a dificuldade se mostrou o país não esteve à altura de se administrar para enfrentar a crise”, destacou ao lembrar dos percalços econômicos que os mercados mundiais enfrentaram em 2008 e 2009.

O tucano ressalta que, de forma geral, há uma recuperação da economia em todo o mundo, mas, no Brasil, graças aos equívocos de Dilma, a situação é outra. “Essa é a demonstração clara de que do jeito que 8659470148_a5e6dc1156_zestá não pode ficar. Para o Brasil voltar a crescer precisamos ter um governo competente, comprometido com o equilíbrio e com o crescimento. É preciso varrer do Brasil esse governo irresponsável”, alertou.

O relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta semana prevê que o país crescerá apenas 0,24%, ainda menos do que esperado pelo FMI. Os relatórios do Fundo Internacional culpam a “baixa confiança empresarial e do consumidor” pelo desempenho, além do “aperto nas condições financeiras” – os juros altos. Soma-se a isso a baixa competitividade, gargalos na educação e no treinamento de mão de obra, falhas na infraestrutura (principalmente em estradas e portos) e baixo índice de confiança. Apesar de que contra fatos não há argumentos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou de “pessimista” a nova projeção de crescimento da economia brasileira feito pelo FMI.

Inflação – Nesse contexto de economia bagunçada, o preço dos alimentos voltou a subir e pressionou a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De agosto para setembro, o indicador acelerou de 0,25%para 0,57%, de acordo com o IBGE. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. Esse é o maior índice acumulado nesse período desde outubro de 2011, quando atingiu 6,97%.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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8 outubro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “PIBinho à vista”

  1. rubens malta campos disse:

    Tudo isso deveria ser bem esmiuçado em linguagem de fácil compreensão no horário eleitoral.Uma das críticas que ouço da Marina é de que fala dificil,acima do entendimento da grande maioria do povo brasileiro.

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