Fraude na estatal


“Petrolão” do governo deve voltar à tona no Congresso com elementos explosivos

14113217261_4370431df6_zO fim do primeiro turno das eleições reacende no Congresso o debate sobre as falcatruas promovidas pelo PT e aliados na Petrobras, o chamado “Petrolão”. Desta vez, com mais ingredientes explosivos. Segundo a última edição da revista “Época”, o ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa afirmou em sua delação premiada que o esquema criminoso montado na estatal superfaturava contratos entre 18% e 20%. Além disso, confirmou que houve fraude nas licitações das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Os destinatários dos recursos obtidos com as transações ilegais eram políticos do PT, PMDB e PP, diretores da companhia, como Paulo Roberto, e o núcleo operacional. “Lobistas, doleiros e operadores que montavam os negócios e se encarregavam de pagar os superiores, após reter uma comissão”, informou a publicação.

Integrante da CPI Mista da Petrobras, o deputado Izalci (DF) reiterou nesta terça-feira (7) a necessidade do acesso dos membros do colegiado ao depoimento do ex-diretor. As revelações de Costa ainda são mantidas sob total sigilo do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo depois de homologar o acordo de delação premiada em 30 de setembro. “O acesso à delação vai agilizar muito as apurações. Com ela, vamos direto ao ponto e não precisaremos fazer cruzamento de informações”, justificou o tucano.

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Ontem, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), reforçou, por meio de ofício endereçado ao ministro Teori Zavascki, o pedido de compartilhamento das declarações do ex-diretor. De acordo com o parlamentar, não há mais obstáculo, uma vez que o material já está nos autos do inquérito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

MULHER BOMBA – Meire Bonfim Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, presta depoimento à CPI Mista da Petrobras nesta quarta-feira (8), a partir das 10h15.

Para Izalci, a comissão é o lugar ideal para a contadora detalhar a engrenagem de pagamento de propinas operada pelo doleiro e apontar cada um dos beneficiários das fraudes. “Estamos analisando os depoimentos que ela já prestou em várias instâncias e vamos levantar as questões que ela precisa ainda esclarecer”, disse o tucano.

Aos investigadores e, posteriormente, para a revista “Veja”, Meire listou os partidos e políticos que eram favorecidos pelo esquema de Youssef : PT, PMDB e PP, os deputados Cândido Vacarezza (PT-SP), o ex-petista André Vargas (PR) e Luiz Argôlo (SD-BA), o senador Fernando Collor (PTB-AL), além de integrantes da Petrobras e de empreiteiras.

CONTRATOS FORJADOS – Segundo a contadora, as empresas que tinham negócios com a estatal forjavam a contratação de serviços para passar dinheiro a Youssef. Entre elas, a Mendes Júnior, Camargo

Meire Poza presta depoimento à CPI Mista na manhã desta quarta-feira

Meire Poza presta depoimento à CPI Mista na manhã desta quarta-feira

Corrêa e OAS. O dinheiro arrecadado, disse Poza, abastecia o caixa eleitoral dos partidos ou os bolsos de políticos, que recebiam os pagamentos em dinheiro vivo diretamente das mãos do doleiro ou por meio de depósitos bancários.

Em 13 de agosto, ela confirmou aos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara que Youssef entregava dinheiro vivo a Argôlo ou por meio de transferências nas contas de Elia da Hora e Manoelito Argôlo, pai do parlamentar. O primeiro chegou a ter depositado na sua conta em torno de R$ 47 mil. Manoelito recebeu R$ 60 mil.

A testemunha declarou ainda que os dois eram sócios informais da Malga Engenharia e de duas empresas sediadas em Fortaleza (CE): a M.Dias Branco e a Grande Moinho Cearense. Pelas notas que emitiu e pelos depósitos e transferências que realizou, a contadora disse que o deputado federal embolsou mais de R$ 1 milhão repassado pelo doleiro.

(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações da revista “Época” e da “Agência Senado”/ Foto: Alexssandro Loyola e Pedro França/Ag. Senado/ Áudio: Hélio Ricardo)

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7 outubro, 2014 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “Fraude na estatal”

  1. R.Ney Magalhães disse:

    Para leitura obrigatoria de meus amigos CBORTOLOTTO – IVOLIN MONTEIRÃO, E.AGOSTINI, C.AGOSTINI, MARCOS ALMIRÃO, Marcondes-Futuro Prefeito de Vista Alegre/ e lá de Canoas/RS o especial amigo Aldayr Heberle….Dia 26 de Outubro vamos convocar novamente o Dr. Joaquim Barbosa para promover o cumprimento da Constituição, fazendo Justiça. ass. Ney Magalhães – Produtor Rural no MS.

  2. rubens malta campos disse:

    Entendo que Aécio Presidente,deveriamos pensar em processar a cúpula do PT,Lula e
    Dilma inclusive,por crime de responsabilidade por todas as barbaridades cometidas contra a sociedade brasileira.

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