A passos lentos

Hauly critica governo federal por despreparo na produção de energia hidrelétrica

O fraco resultado na geração de energia hidrelétrica em agosto é um indício do descaso do governo petista com o setor energético. No último mês, a geração hidrelétrica foi a pior em nove anos. Ao todo, 40,5 mil megawatts (MW) de energia foram injetados no sistema elétrico no período. Resultado mensal menor só foi registrado em julho de 2005, quando 30,2 mil MW foram entregues. As informações são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”. O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirmou nesta segunda-feira (8) que o desempenho foi afetado pela total incompetência da gestão do PT.

“É o atestado maior da irresponsabilidade desse desgoverno de Lula e Dilma”, aponta Hauly. O deputado afirma que o país tem sido governado por incompetentes, por isso não consegue avançar em setores essenciais. Atualmente, o Brasil, que tem o maior potencial hidrelétrico do mundo, gera praticamente o mesmo em energia hidrelétrica que há dez anos.  

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, em 2004, o Brasil tinha 79,6 mil MW de energia baseada em hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Dez anos depois, a geração de energia extraída dos rios saltou para 87,6 mil MW, um crescimento de cerca de 10%.

 “Conseguiram destruir tudo no país. Um governo que vai mal deixa o país mal. Ela [Dilma] destruiu as empresas estatais elétricas e essa notícia dá um veredito final, uma espécie de laudo de que o governo não investiu na fonte de energia mais importante para esse país”, destaca.

Rombo milionário
Um rombo bilionário tomou conta das principais hidrelétricas. Entre janeiro e setembro deste ano, consórcios e empresas que controlam essas usinas terão de bancar uma conta extra de R$ 16,1 bilhões, dinheiro que será usado para comprar energia de usinas térmicas e, dessa forma, garantir o volume de abastecimento que as hidrelétricas tinham se comprometido a entregar, mas não conseguiram cumprir. No primeiro semestre deste ano, essas empresas já desembolsaram R$ 6,5 bilhões. Entre julho e setembro, no entanto, a conta simplesmente explodiu e, até o fim deste mês, será ampliada em mais R$ 9,6 bilhões.

(Reportagem: Djan Moreno com informações de “O Estado de S.Paulo”/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)