Consumo de drogas


Gomes de Matos culpa omissão do governo por alta taxa de homicídios de crianças e adolescentes

A Segurança Pública tem sido deixada de lado pelo governo federal, assim como as políticas de combate às drogas e os programas voltados para os jovens. Essa é a avaliação do deputado Raimundo Gomes de 9807213206_96299e612c_zMatos (CE) sobre relatório divulgado nesta semana pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). De acordo com o levantamento, o Brasil é o sexto país no mundo com a mais alta taxa de homicídios de crianças e adolescentes de zero até 19 anos de idade em 2012.

Segundo o relatório, o país registrou 17 homicídios por 100 mil habitantes nessa faixa etária. Com isso, o Brasil ficou atrás de apenas de El Salvador (27 por 100 mil), Guatemala (22), Venezuela (20), Haiti (19) e Lesoto (18). Em termos absolutos, o Brasil ocupa a amarga segunda posição: registrou mais de 11 mil mortes na faixa etária, ficando atrás apenas da Nigéria, com quase 13 mil crimes dessa natureza no período.

O Unicef atribui a colocação brasileira à desigualdade, ao acesso a armas de fogo, ao alto consumo de drogas e ao crescimento da população jovem. Gomes de Matos avalia que o país já deu importantes passos na proteção às crianças e adolescentes, mas os avanços pararam.

De acordo com o tucano, o fortalecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente foi fundamental, assim como políticas adotadas na década de 1990, lideradas por Ruth Cardoso e Zilda Arns. Nos últimos anos, porém, o parlamentar explica que houve um abandono dessas políticas. “O governo do PT quebrou tudo isso, pois não priorizou o fortalecimento dessas ações e não deu sequência a pactos feitos anteriormente”, lamentou, ao destacar que os números comprovam o alarmante dado.

Gomes de Matos afirma que esse será um grande desafio para o próximo governo. “Precisamos passar o Brasil a limpo e fortalecer as ações que passam pela atenção básica de saúde e pela assistência social. Temos que fortalecer ainda a atuação do terceiro setor”, alertou.

O Unicef  usou uma base de dados de 2010 para afirmar que no Brasil os adolescentes negros sofrem um risco três vezes maior de serem assassinados em relação a jovens brancos. O número de homens nessa faixa vítimas de homicídio também é 12 vezes maior que o de mulheres. “É triste observar que o Brasil sempre está em posição negativa nesses rankings”, lamentou o deputado, ao defender políticas contra a discriminação racial e a igualdade social.

(Reportagem: Djan Moreno com informações do G1/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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5 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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