Mensagens interceptadas
Tucanos questionam Luiz Argôlo sobre amizade com doleiro no Conselho de Ética
Os deputados Izalci (DF) e César Colnago (ES), titulares do PSDB no Conselho de Ética da Câmara, participaram de reunião do colegiado nesta terça-feira (2) sobre o processo contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA) por suposta associação ao doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Questionado pelo relator, Argôlo, que adiantou em um dia o depoimento, negou ter algum tipo de sociedade com o doleiro e explicou que a troca de mensagens, interceptada pela PF, tratava da venda de um terreno de seu irmão para o doleiro, o que justifica as transferências bancárias e sua presença em um dos escritórios de Youssef em São Paulo, para buscar dinheiro.
Os deputados do PSDB levantaram questionamentos sobre a conduta de Argôlo. Izalci baseou suas perguntas em afirmações de Meire Bonfim da Silva Poza, ex-contadora de Youssef, que confirmou a relação de amizade e a sociedade mantida pelos dois na empresa Malga Engenharia. O tucano afirmou que as declarações haviam deixado claro que Argôlo era “praticamente sócio de Yousseff e que as atividades desenvolvidas por eles eram ilícitas”.
O deputado baiano negou as acusações, criticou a delatora e disse que se trata de uma criminosa. Para antecipar o depoimento de Argôlo, a defesa dispensou o depoimento de Meire. A defesa do deputado apresentou extratos bancários de Vanilton Bezerra para provar que não havia depósitos no valor de R$ 120 mil para a conta do chefe de gabinete do parlamentar, como foi divulgado pela revista “Veja” e pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
A defesa não quis, porém, responder ao questionamento de Colnago sobre quais motivos levaram Meire a fazer as declarações contra Argôlo, já que o mesmo garante não ter realizado nenhuma atividade ilícita com Yousseff.
O relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), anunciou que vai entregar em breve seu parecer e que o presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (SP), vai tentar marcar a sessão para votar o relatório em 1º de outubro.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)
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