Incompetência internacional


Fracasso da política econômica do governo Dilma já é conhecido no mundo inteiro, diz Hauly

Reportagem da agência Bloomberg postada nesta segunda-feira (1) destaca a queda na estimativa de crescimento do PIB brasileiro pela 14a semana seguida; desempenho pífio do Brasil corre o mundo.

Reportagem da agência Bloomberg postada nesta segunda-feira (1) destaca a queda na estimativa de crescimento do PIB brasileiro pela 14a semana seguida; desempenho pífio do Brasil corre o mundo.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) condenou nesta segunda-feira (1º) a insistência do governo petista de atribuir à crise internacional todo e qualquer resultado negativo da economia do país. Ao tentar justificar a retração de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2014, na sexta-feira (29), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sacou a velha justificativa como um dos principais motivos para o desempenho pífio da economia.  “O fracasso da política econômica de Dilma e de Mantega é conhecido no Brasil e no mundo inteiro. Não precisa ser oposicionista para afirmar isso. Quem está dizendo é o mercado, os principais economistas do país, todos os partidos e todas as tendências políticas”, disse.

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Nesta segunda, o mercado deu mais um alerta de descontentamento com a condução da política econômica. Pela 14ª semana seguida, revisou para baixo a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Considerado a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, o PIB recuou de 0,70% para 0,52%, aponta o Boletim Focus, levantamento feito semanalmente pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Para 2015, a previsão do mercado para a expansão do PIB recuou de 1,2% para 1,1%. A queda já repercute mundo afora, a exemplo da reportagem da agência Bloomberg (veja ao lado).

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“Este governo é intervencionista, cheio de denúncias e caiu no total descrédito. A população está cheia da atual gestão, que descumpre suas promessas e não consegue conduzir a economia, dando prejuízos irreparáveis aos trabalhadores brasileiros e ao setor produtivo”, afirmou Hauly.

BARBEIRAGENS – Economistas consultados pela “Folha de S.Paulo” endossam a avaliação do parlamentar do PSDB. Em entrevista à edição publicada no domingo (31), especialistas afirmaram que a maior culpa pelo recuo da economia neste ano é das “barbeiragens” da presidente Dilma Rousseff.

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Gestão petista caiu no total descrédito, afirmou Hauly, um dos deputados mais atuantes no debate econômico no Congresso.

Segundo cálculos dos analistas, a crise internacional roubou cerca de um ponto percentual do crescimento brasileiro. Já fatores domésticos, como erros da política econômica e problemas climáticos, contribuirão de forma mais expressiva para que o PIB do Brasil estacione em um patamar ainda menor.

Entre os entrevistados pela “Folha”, a economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, compara a performance do Brasil com alguns países da América Latina e mostra que a crise internacional não é a culpada pelo desprezível desempenho da economia brasileira. “Os EUA vão crescer de 1,8% a 2% neste ano; o Chile, 2,5%; o Peru, cerca de 4%; a Colômbia, 4,8%, e o México, 2,5%. Enquanto isso, vamos crescer perto de zero”, alertou. 

BAIXO INVESTIMENTO – A causa do problema brasileiro, disse Alessandra, está na política econômica equivocada e, principalmente, na perda de competitividade do Brasil. O pior, segundo ela, é que o cenário é de recuperação lenta. Motivo: a queda dos investimentos. A economista lembrou que a presidente Dilma assumiu o país com a taxa de investimento de 19,5% do PIB, prometeu elevá-la para 24%, mas deve terminar seu governo em 17% do PIB.

O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho da economia entre abril e junho deste ano comprova a perspectiva da consultora. A taxa de investimento no país como proporção do PIB ficou em 16,5% no segundo trimestre, o pior resultado para esse período desde 2006, quando tinha ficado em 16,4%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um dos referenciais que mede a taxa de investimentos, recuou 5,3% no trimestre passado sobre o período anterior. Foi o pior resultado desde 2009 e marcou o quarto trimestre seguido de retração.

O próprio governo petista, revelou matéria da “Folha de S.Paulo” de domingo (31), parou de investir. Os gastos com obras e máquinas da União, Estados, municípios e estatais estagnaram em 4,4% do PIB. Com isso, interromperam a trajetória de expansão registrada no segundo governo Lula, quando os desembolsos subiram 2,9% do PIB, em 2007, para 4,7% em 2010.

(Reportagem: Luciana Bezerra/ Foto: Alexssandro Loyola/Charge: Fernando Cabral)

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1 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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