Esclarecimentos


Contadora de doleiro preso vai depor no Conselho de Ética nesta quarta-feira

capa1n_veja (1)O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vai ouvir nesta quarta-feira (13) a contadora Meire Bonfim da Silva Poza (foto), dona da empresa Arbor Consultoria e Assessoria Contábil. A reunião está marcada para as 10h, no plenário 11. Segundo reportagem da revista “Veja” divulgada nesta semana, Meire era contadora do doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal.

ESQUEMA DETALHADO – Ontem o deputado Izalci (DF) apresentou requerimentos que pediam a ida de Meire Bonfim Poza à CPMI da Petrobras e ao Conselho de Ética da Câmara. Ela detalhou à revista toda a engrenagem de pagamento de propinas que teria sido montada pelo seu ex-chefe e que envolve PT, PMDB e PP, os deputados Cândido Vacarezza (PT-SP), o ex-petista André Vargas (PR) e Luiz Argôlo (SD-BA), o senador Fernando Collor (PTB-AL), além da Petrobras e de empreiteiras.

Preso em março pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Youssef é acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado R$ 10 bilhões. Parte desse montante, segundo a publicação, foi fruto de desvio de obras públicas e teria como destino enriquecer políticos e corromper outros com o pagamento de suborno.

Em depoimentos prestados nas últimas três semanas à Polícia Federal e em entrevista à Veja, Meire Poza esmiuçou a engenharia criada por Youssef para cobrar propina de empresas que queriam fechar ou manter contratos com a Petrobras. Segundo ela, as empreiteiras que tinham negócios com a estatal forjavam a contratação de serviços para passar dinheiro ao doleiro.

O dinheiro repassado abastecia o caixa eleitoral dos partidos ou os bolsos de políticos, os mesmos que controlam cargos na administração pública e indicam diretores de estatais, aponta “Veja”.

Segundo a revista, Meire afirmou que o deputado federal Luiz Argôlo “era cliente e ao mesmo tempo sócio de Beto” (apelido de Alberto Youssef). A ex-contadora teria dito ainda que os dois “tinham parcerias em obras e negócios” e que ela, pessoalmente, teria feito muitos pagamentos para Argôlo. “Ele vivia no escritório”, teria afirmado Meire Poza.

Após o depoimento dela, o Conselho de Ética ouvirá o funcionário da Caixa Econômica Federal Douglas Alberto Bento, testemunha de defesa de Argôlo. O parlamentar é investigado pelo colegiado.

(Da redação com Agência Câmara)

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12 agosto, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Esclarecimentos”

  1. rubens malta campos disse:

    Louvo e aplaudo a coragem da contadora Meire.Que Deus e o PSDB a protejam.

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