Pressão da sociedade
Sem rumo: Dilma dá respostas confusas sobre interferência do Planalto na CPI da Petrobras, alerta Hauly
As respostas confusas da presidente Dilma sobre a interferência de assessores do Palácio do Planalto nos trabalhos da CPI da Petrobras comprovam que a petista está sem rumo. Essa é a opinião do deputado Luiz Carlos Hauly (PR). Dilma mostrou irritação e afirmou que o Planalto não é “expert em petróleo e gás” para formular perguntas da área ao ser questionada por jornalistas sobre a denúncia de que Luiz Azevedo, número 2 do ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo com o Congresso, ajudou a elaborar o plano de trabalho da CPI.
Para o tucano, a presidente da República anda confusa há muito tempo, desde que ela presidia o Conselho de Administração da estatal que autorizou a compra da refinaria de Pasadena. “A interferência brutal do governo na CPI demonstra que a presidente está cada vez mais desconexa. Ela perdeu o rumo, perdeu o norte”, disse. “Essa é uma constatação terrível no momento em que o país mais precisa de uma liderança, de um comando na Presidência”, completou.
Hauly afirmou que a denúncia só será apurada se houver ampla pressão da sociedade. “Com a maioria que o governo tem na CPI, estamos numa luta de Davi contra Golias. Se não tiver o apoio da sociedade, da imprensa e das redes sociais, infelizmente nada será apurado”, apontou.
Conforme destacou, além da comissão ter maioria governista, Câmara e Senado estão sob o comando de aliados do Planalto. “É um quadro que acaba dificultando a investigação legítima e verdadeira, a busca da verdade e da justiça”, ressaltou.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou explicações da Petrobras e do Senado sobre a denúncia. Em sua avaliação, se for comprovado que houve o repasse antecipado do “gabarito”, o Senado participou de uma “farsa”, que é, segundo ele, “inaceitável”.
TCU adia decisão de responsabilizar Graça Foster – O ministro relator do processo para responsabilizar dirigentes da Petrobras pelos prejuízos decorrentes da aquisição de Pasadena no Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, pediu a retirada do processo da pauta de julgamento. O governo deu início a uma operação para tentar evitar que a presidente da Petrobras, Graça Foster, seja responsabilizada pelo rombo de US$ 792,3 milhões à empresa.
(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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Pressão neles.Tudo fica mais confuso para eles.