Cronologia da má gestão


Da economia ao PAC, petista Dilma Rousseff comanda o país na marcha lenta

Reprovado por milhões de brasileiros, o governo Dilma dá seguidas mostras de incompetência em sua reta final. O péssimo desempenho da economia é uma das principais marcas da atual gestão, que conseguiu levar o país para uma combinação de elementos amargos como baixo crescimento, inflação aquecida e juros nas alturas. Carro chefe do desenvolvimento da infraestrutura, o PAC é outro símbolo de incapacidade de realização, com obras atrasadas, orçamentos estourados e promessas no papel. Em julho, a divulgação de indicadores relacionados a esses e a outros assuntos comprovam que o Brasil está no mau caminho e precisa de novos rumos. Confira mais um capítulo da cronologia da má gestão:

charge-2907Desastre econômico: combatido pelo PT, o Plano Real completou 20 anos num mês em que o Brasil amargou a divulgação de diversas estatísticas negativas na economia.  PIBinho, inflação no teto, juros nas alturas, balança comercial desequilibrada, setor industrial enfraquecido, endividamento das famílias, falta de confiança dos investidores. Esse é o resumo da ópera do governo Dilma.

Economistas ouvidos pelo Banco Central estimam uma expansão da economia inferior a 1% em 2014. Paralelamente a isso, a sensação das pessoas de que o dragão inflacionário está vivo. Pesquisa do Instituto Ipsos mostrou que dois em cada três brasileiros perceberam um aumento dos preços nos últimos seis meses. Alimentos e gastos com habitação foram os itens que tiveram alta maior na percepção dos entrevistados, que veem seu poder de compra sendo reduzido ao longo do tempo.

Cenário desolador na indústria: principal entidade representativa do setor, a Confederação Nacional da Indústria projeta queda de 0,5% da indústria neste ano. Segundo o levantamento divulgado em julho, os indicadores recentes mostram dificuldade de intensificar o ritmo de operação das máquinas. Além disso, dados do IBGE mostram que a produção industrial acumula uma redução de 1,6% de janeiro a maio deste ano.  No grupo de bens de capital, a retração atinge 5,8%.

Governo reprovado: pesquisas de opinião divulgadas em julho comprovam o descontentamento de milhões de brasileiros com o desempenho do governo Dilma.  O Datafolha, por exemplo, apontou que a rejeição à gestão petista é a maior desde a posse. O índice de ruim/péssimo atingiu 29%. Somado aos que consideram a atual gestão regular, o percentual chega a 67%. Os números da pesquisa mostram, ainda, que a população está preocupada com os rumos que o país pode tomar. Apenas 25% acham que a situação econômica vai melhorar e 58% acreditam em piora no que diz respeito à inflação. Números do Ibope também apontam elevado índice de insatisfação.

charge-2807Má gestão na Petrobras comprovada: ao longo do mês, a imprensa revelou mais denúncias envolvendo a principal estatal brasileira. Os desmandos estão sendo objeto de investigação da CPMI da Petrobras em andamento no Congresso e de órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas da União. No final do mês, o TCU aprovou relatório que aponta prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobrás pela compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios feitos na história da estatal. Entre os apontados pelo prejuízo, o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli. Como a investigação não terminou, ao final do processo integrantes do Conselho de Administração da estatal, presidido à época do negócio por Dilma Rousseff, também podem ser responsabilizados. O líder tucano anunciou na última semana do mês a representação contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando a apuração de improbidade administrativa. Cardozo teria exercido pressão para engavetar o processo sobre a compra da refinaria de Pasadena no TCU. 

Desenvolvimento lento: dados da ONU mostram que os indicadores de saúde, educação e renda do Brasil têm melhorado nos últimos anos, mas em ritmo menor do que o registrado em outros países emergentes e vizinhos regionais. O Brasil ocupa o 79º lugar na lista do IDH, formada por 187 países. Entre os chamados Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), só a Rússia cresceu em ritmo menor que o Brasil. Estratégica para o desenvolvimento de qualquer nação, a educação é um dos principais entraves nacionais para a obtenção de resultados melhores. Vizinhos da América Latina, como Argentina, Chile e Cuba,  exibem números bem maiores em relação à média de anos de estudo.

PAC, peça de propaganda: o Programa de Aceleração do Crescimento virou um verdadeiro mico administrativo de Dilma, apelidada por seu padrinho Lula de “mãe do PAC”.  Os números comprovam a péssima gestão da iniciativa voltada a melhorar a infraestrutura nacional: levantamento da Consultoria Ilos, por exemplo, mostra que a média de atraso nos empreendimentos do PAC é de quatro anos, com custo final 85% superior ao previsto nos projetos iniciais. Em alguns casos, o investimento chega a ser 500% maior que o estimado.

A execução do orçamento do programa também se arrasta: nos seis primeiros meses de 2014, foram executados apenas 10,4% dos R$ 61,3 bilhões destinados à iniciativa. Em julho, o governo fez mais um balanço turbinado para maquiar a baixa execução por meio do uso de dados como financiamentos habitacionais.  O fato é que depois de três anos do lançamento da 2ª fase do PAC, mais da metade das obras previstas não foram concluídas. Das quase 50 mil obras e empreendimentos, apenas 12% estão com carimbo de concluídos ou em operação. A transposição do São Francisco é uma das inúmeras obras prometidas e ainda não entregues pelo governo petista.

charge-2307Setor elétrico desmantelado: os dados também mostram a desestruturação de uma área essencial para o país: o da energia. Até o fim do ano, serão quase R$ 60 bilhões entre indenizações, aportes e empréstimos para o setor não entrar em colapso. Para o consumidor, o próprio Banco Central estima que a redução na conta de luz, propagandeada por Dilma, será praticamente anulada em 2014. A agonia do setor começou em setembro de 2012, quando Dilma Rousseff editou a MP 579, que determinava a renovação das concessões de energia elétrica e a redução do valor das tarifas.

Além disso, é nítida a incapacidade do governo petista de executar e entregar as obras que promete. De acordo com o último relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dos 443 empreendimentos de transmissão em construção ou com obras de reforço, 240 estão atrasados.  Também é explícito o desperdício de energia eólica no Brasil por conta do mau planejamento do governo federal.

Copa das Copas? Onde?:  logo após o término do torneio de futebol, o Planalto correu para tentar vender a ideia de sucesso absoluto da Copa. No entanto, a distância entre
aquilo que o governo se comprometeu a fazer  e o que efetivamente fez é tão grande quanto a que separa o futebol vencedor dos alemães do mau futebol apresentado pela seleção brasileira.  Como destacou a “Folha de S.Paulo”, dos 167 compromissos assumidos em 2010, apenas 53% foram finalizados a tempo do Mundial. Outros 41% estavam incompletos e seriam concluídos durante ou, na maior parte dos casos, depois da Copa. Um mês antes, também a Folha havia apontado que somente 10% das obras de mobilidade prometidas haviam sido concluídas.

A promoção do torneio custou mais caro que o previsto, chegando a R$ 26 bilhões, dos quais 84% saíram de cofres públicos via orçamentos ou linhas de crédito liberadas por instituições federais, segundo o Valor Econômico. Os gastos especificamente com estádios triplicaram em relação ao informado à Fifa. O que de fato vai ficar marcado é a hospitalidade dos brasileiros com os estrangeiros e o alto nível técnico dos jogos.

Falhas generalizadas: Relatório consolidado pelo Tribunal de Contas da União com base em 23 auditorias realizadas no país concluiu que “há falhas que devem ser consideradas sob um prisma sistêmico, afetando diversos segmentos e com reflexos negativos sobre o desempenho e a qualidade da infraestrutura”. O programa Minha Casa Minha Vida e as obras portuárias ganharam destaque negativo. Técnicos do órgão apontaram vários problemas, como “serviços de baixa qualidade”, “projetos mal feitos” e “deficiências de planejamento”. Lançadas em 2008 pelo ex-presidente Lula com a proposta de desafogar os prontos-socorros dos hospitais, dar mais agilidade no atendimento e estruturar o sistema de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram consideradas exemplos de ineficiência pelo TCU.

(Da redação/charges: Fernando Cabral – PSDB)

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4 agosto, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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