Perdendo força


Nilson Leitão critica abandono de políticas de incentivo para genéricos

A introdução dos remédios genéricos, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foi um dos maiores avanços para a saúde pública dos brasileiros. Essa conquista, no entanto, viu a estagnação chegar junto com o 10175774956_a5d5a0c87f_hgoverno do PT. Em artigo, José Serra, ex-ministro da Saúde e responsável pela chegada dos genéricos no Brasil, aponta uma série de fatores que contribuíram para o enfraquecimento do processo de expansão desses medicamentos.  Enquanto os remédios de menor custo perderam força, o governo Dilma demonstra intenção de levar indústrias farmacêuticas brasileiras para Cuba, algo lamentável em todos os sentidos, como afirmou nesta quarta-feira (18) o deputado Nilson Leitão (MT).  

Nos Estados Unidos a fatia dos genéricos no volume de medicamentos vendidos é de cerca de 60%. No Brasil, o índice gira em torno de 30%. José Serra explica que, além de o governo ter dispensado as campanhas educativas que explicavam a vantagem dos genéricos, fechou a área específica de aprovação de genéricos da Agência de Vigilância Sanitária. O órgão também foi corroído pelo aparelhamento. Hoje, a tramitação de genéricos demora seis vezes mais que naquela época.

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O deputado e o ex-ministro apontam o loteamento político como um dos grandes males da gestão petista.  Nas palavras de Serra, predominou o loteamento político de cargos entre partidos em detrimento da qualidade técnica da agência e, evidentemente, da lisura do seu funcionamento.

Para Leitão, esse é o mesmo modelo adotado em outros setores. “Não há uma política de Saúde, mas sim uma política de poder, preocupada em programas meios e não em algo que dê resultado social. É o governo com sua incompetência, inoperância e sede de fazer o ilícito que acaba levando a isso”, criticou o deputado. Em sua avaliação, os genéricos fazem justiça social por serem medicações de qualidade a preço mais baixo.

Como se não bastasse o abandono de um programa tão importante, a imprensa cubana tem divulgado a informação de que o governo Dilma está pressionando a indústria farmacêutica brasileira a abrir fábricas em Cuba para a produção de biossimilares, que seriam exportados para a América Latina e Caribe. Ou seja, empregos e produção industrial que deveriam aquecer a economia brasileira estão sendo levados para a ilha dos irmãos Castro, tal como investimentos bilionários, como os que permitiram a construção do porto de Muriel, com recursos na ordem de US$ 700 milhões do BNDES.

 “A Presidente deveria fazer um programa de desafogo da indústria farmacêutica concentrada atualmente no Centro Sul para abrir novas fábricas no Norte, Nordeste e em regiões do Centro-Oeste, mas ao contrário disso ela quer incentivar a indústria a ir para Cuba. Ela é que deveria ir para Cuba e ficar por lá, se candidatar a presidente”, sugeriu o deputado.

A tentativa de levar essas empresas para Cuba tem deixado os empresários com o pé atrás, afinal a empreitada, motivada pela simpatia do PT com o regime castrista, contraria o próprio plano do governo para o setor farmacêutico, que seria de estimular a indústria nacional por meio das próprias compras governamentais. Os empresários do ramo têm sido convidados reiteradas vezes para participar de negociações na ilha caribenha.

“É o cúmulo do absurdo o que a presidente Dilma está fazendo com o país. É uma covardia ela priorizar outros países e não o que ela comanda. Já que não conseguiu realizar o sonho do comunismo no Brasil quer levar o Brasil para fora, para o comunismo. Não tenho sequer palavras para resumir o que essa mulher está fazendo com o Brasil”, lamentou Nilson Leitão.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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18 junho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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