Ação desesperada


“Pacote de bondades” de Dilma para setor privado tem objetivo eleitoreiro, alerta Gomes de Matos

9506484234_7d560e1260_hO deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) vê os afagos da presidente Dilma ao setor privado como uma iniciativa política de olho na campanha eleitoral. Nesta quarta-feira (18) a petista irá se reunir no Planalto com representantes da indústria para anunciar um “pacote de bondades”. O parlamentar do PSDB acredita que a presidente não está preocupada com a situação lamentável da economia, mas tenta ganhar apoio do empresariado.

Gomes de Matos lembra que Dilma se fechou ao diálogo sem ouvir as sugestões e opiniões do setor durante todo o mandato. Em três anos e meio, ela viu a indústria cair e não reagiu. Só agora, em período pré-eleitoral, tenta minimizar a crise com propostas que  não surtirão efeitos na inflação ou na infraestrutura.

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O negativismo do empresariado com a gestão de Dilma só cresce. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas mostra que cresceu o número de empresas dispostas a investir menos que nos 12 meses anteriores: o índice subiu de 16% para 21%.

A queda na confiança dos empresários é um dos fatores que têm dificultado um crescimento mais rápido da economia, que deve ter novamente um PIBinho – crescimento de apenas 1,24%, como demonstra o último Boletim Focus do Banco Central.

“A presidente infelizmente não tem planejamento e quer, a toque de caixa, minimizar a crise da qual ela é a grande responsável. Uma crise da falta de logística para o empresariado, e de falta de rumo na economia”, destaca o deputado.

As medidas que serão anunciadas pela presidente foram divididas em três grupos: tributárias, de crédito e regulatória, informou o jornal “Folha de S.Paulo”. Entre elas, a retomada do Reintegra, programa que devolve tributos aos exportadores, com alíquota simbólica para não pesar nas contas públicas. O governo pode sinalizar ainda que renovará o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), do BNDES, em 2015.

Para Gomes de Matos, as medidas podem até surtir efeito, mas nada que se aproxime daquilo que o empresariado precisa: investimentos em logística, fortes estímulos à indústria, e sobretudo o cumprimento de uma promessa não cumprida por Dilma, a reforma tributária. “Esse pacote de bondades que ela está tentando apresentar nada mais é que conchavos par minimizar a crise e a má performance administrativa. Já que ela vem demonstrando sua incapacidade de gerenciar o Brasil”, destacou.

 (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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17 junho, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Ação desesperada”

  1. rubens malta campos disse:

    Qualquer papalvo sabe disso.Imagino que os empresários também.

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