Hora de mudar

 Izalci defende moralização da atividade parlamentar e enumera danos do PT ao país

O deputado Izalci (DF) defendeu a reforma partidária e política em pronunciamento no plenário da Câmara nesta segunda-feira (9). “Hoje os partidos têm donos. Há, inclusive, sigla que é comandada de dentro de presídio”, afirmou o tucano. “É preciso moralizar a atividade parlamentar, que é uma das mais nobres que existe. Através do Parlamento as políticas públicas são instituídas”, acrescentou.

O tucano criticou a relação desigual entre o Congresso e o Poder Executivo. “Basta ver a desorganização completa no país”, disse Izalci, que citou como exemplo de desgoverno as fraudes milionárias no plano de saúde dos Correios, conforme detalhou a última edição da revista “Veja”. Segundo investigações da Polícia Federal, o número 1 da estatal no Rio de Janeiro, o diretor Omar de Assis Moreira, indicado pelo PT ao cargo, comanda o esquema.

“O mensalão começou nos Correios. Agora, desvio de dinheiro do plano de saúde, onde há superfaturamento de consultas e cirurgias. Aquilo que custa R$ 100 cobram R$ 1 mil e não acontece absolutamente nada”, afirmou o deputado.

O tucano enumerou ainda os danos promovidos pelos petistas nos fundos de pensão da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras. Ambos acumulam déficits bilionários em virtude de investimentos equivocados feitos sob determinação do partido. “A Previ do Banco do Brasil, por exemplo, investiu na OGX. A companheirada assume e é orientada a aplicar em determinadas ações. É muito dinheiro desviado”, apontou.

A petroleira OGX,  do empresário Eike Batista, entrou com o maior processo de recuperação judicial da história da América Latina em 30 de outubro de 2013, após seus primeiros poços de petróleo produzirem menos do que o especulado. Com isso, investidores perderam confiança na capacidade de a empresa manter pagamentos de suas dívidas, que, na época, chegaram a R$ 11,2 bilhões, e financiar novos empreendimentos.

APURAÇÕES NA PETROBRAS – Suplente do PSDB da Câmara na CPI Mista da Petrobras, Izalci afirmou que as investigações sobre a companhia devem se estender a outras estatais e órgãos públicos. “Sei que vamos entrar em outras áreas, vamos chegar à estrutura ministerial, ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), à Eletrobras, ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).”

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)