Às claras


Para Carlos Sampaio, apurações da CPI Mista da Petrobras serão amplas e irrestritas

Titular do PSDB na CPI Mista da Petrobras, o deputado Carlos Sampaio (SP) saiu satisfeito da reunião desta terça-feira (3) do colegiado, em que foram aprovados o plano de trabalho e a relação de 233 requerimentos escolhidos pelo relator Marco Maia (PT-RS), entre convocações e pedidos de compartilhamento de inquéritos da Polícia Federal.

Na próxima reunião da CPI mista, sem data definida, Maia assegurou que avaliará se coloca em votação os requerimentos da oposição que pedem a quebra dos sigilos  bancário, fiscal e telefônico dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, do ex-presidente da companhia José Sérgio Gabrielli e do doleiro Alberto Youssef.  

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O partido requisita também a quebra dos sigilos das empresas MO Consultoria, Labogen, Labogen Química e Piroquímica, citadas em investigações da Polícia Federal.

 “Aprovamos hoje o compartilhamento de sigilos já quebrados. Portanto, temos elementos para iniciarmos a investigação. Em seguida, se faltar algo, Maia se comprometeu a colocar na pauta as quebras de sigilo solicitadas pela oposição”, explicou Sampaio. “Acredito que as apurações vão ocorrer com a amplitude que devem ter”, acrescentou.

Estão entre os convocados pela CPI mista Cerveró, Costa, Youssef, além de Gabrielli e a titular da estatal, Graça Foster.  Os membros do colegiado também aprovaram a requisição de cópias de inquéritos da Polícia Federal e das atas de reunião do Conselho de Administração da Petrobras. Entre as investigações da PF, os parlamentares pedem acesso aos autos da Operação Lava Jato, que estão sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF).  

 Deflagrada em março deste ano, a operação desbaratou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Na ocasião, foram presos Costa e Youssef. O ex-diretor da Petrobras foi solto depois de 59 dias. O doleiro permanece encarcerado.  

 Sampaio acredita que a CPI mista não terá qualquer dificuldade para obter cópias da investigação que culminou na Lava Jato junto à Corte Suprema.  “Nunca houve negativa, até porque o STF sabe do poder constitucional que uma CPI tem de requisitar documentos e quebras de sigilo”, explicou o deputado, que tem vasta experiência em comissões parlamentares de inquérito.

 Para ele, é fundamental que os documentos sejam disponibilizados aos integrantes da comissão antes dos depoimentos. “Queremos perguntar aos envolvidos sobre a quebra do sigilo e não fazer a inquirição deles sem termos em mãos o que efetivamente houve de movimentação bancária”, afirmou Sampaio.

(Reportagem: Luciana Bezerra/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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3 junho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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