Falta muita coisa


“Legado” da Copa: tucanos contestam Dilma e dizem que indignação de brasileiros tem fundamento

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Para Valdivino, se obras tivessem saído do papel o sentimento da população em relação à Copa seria diferente.

Diante da não conclusão ou até mesmo do abandono de dezenas de obras que deveriam estar prontas para a Copa, a presidente Dilma vem alegando que os estrangeiros não levarão na bagagem os aeroportos e demais facilidades projetadas para o torneio, como reformas de aeroportos e intervenções de mobilidade urbana. A petista também vem batendo na tecla da necessidade de receber bem os turistas, algo corriqueiro para os brasileiros. No entanto, a população local esperava muito mais, até porque foi incentivada a pensar grande pela própria propaganda ufanista governamental a partir de 2007.  A argumentação dos marqueteiros do Planalto não convence milhões de pessoas país afora e nem deputados do PSDB.

O mais recente capítulo dessa novela ocorreu ontem, quando Dilma inaugurou três obras inacabadas no Rio, entre elas a ampliação do terminal dois do Aeroporto Internacional Tom Jobim e o BRT Transcarioca (Barra-Galeão). As duas, no entanto, ainda estão incompletas e sem data para conclusão, embora constassem do programa de compromissos do governo brasileiro para o evento. As casas do conjunto habitacional que recebeu a visita da petista também não estão totalmente concluídas. 

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Bolsa aplauso – De acordo com reportagem  “Folha de São Paulo”, cerca de 150 trabalhadores participaram da cerimônia portando bandeiras do Brasil e disseram ter recebido um valor equivalente a uma diária de trabalho dominical (R$140) para participar do ato. É a “Bolsa Aplauso”, segundo apelidou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA)

Para o deputado Valdivino de Oliveira (GO), se o governo tivesse cumprido o que prometeu, a população teria uma postura diferente e ficaria mais satisfeita com o legado. “Se estivessem prontos os metrôs, as vias expressas e os aeroportos, aí sim, o brasileiro teria uma herança, pelo menos na questão de infraestrutura urbana”.

De acordo com levantamento feito no mês passado pela “Folha”, apenas 68 das 167 intervenções prometidas pelo governo federal para a Copa foram entregues. As outras 88, ou 53%, serão entregues às vésperas ou até mesmo depois do Mundial, sendo que 11 nem sairão do papel. 

Para Valdivino, os estádios não são o mais importante para os brasileiros. “O maior legado que o povo espera para essa Copa é um padrão de atendimento melhor na saúde, educação, e não só construção de estádio”, avaliou.

Já para Duarte Nogueira (SP), há um sentimento de indignação da população em relação ao legado da Copa. “Não vai ter herança? Há sim um enorme endividamento para se fazer um monte de estádios que não eram necessários”, reprovou. Valdivino completou dizendo que o povo quer é o padrão de excelência na educação e saúde. “E isso é o que o governo, infelizmente, não pode oferecer”, concluiu o tucano pelo PSDB-GO.

A frase
“O Brasil hoje é o Brasil do improviso. É um cemitério de obras abandonadas por toda parte. Vejo o açodamento do governo inaugurando obras pelo meio do caminho como se pudesse enganar a realidade e os brasileiros.”
Presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. Exemplo disso foi a “inauguração” da reforma do aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, que contou com a presença de Dilma.

(Reportagem: Paulo Simões/Foto: Lucio Bernardo Junior – Câmara dos Deputados/ Áudio: Hélio Ricardo)

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2 junho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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