Personagens centrais

Quebra de sigilo e oitivas são fundamentais para investigação da CPI, avalia Izalci

Integrante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga irregularidades na Petrobras, o deputado Izalci (DF) chamou atenção nesta quinta-feira (29) para as principais ações que o grupo deve encabeçar nos próximos dias. O tucano participou da primeira reunião do colegiado na quarta-feira (28) e defendeu a divisão em quatro subcomissões para facilitar as investigações. Izalci ocupa o posto de suplente e Carlos Sampaio (SP) é o titular.

O tucano apoia sugestão do senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, de promover as primeiras oitivas com personagens centrais das denúncias: o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da empresa, preso pelo pela Polícia Federal).

“Esses são os três requerimentos que pedimos preferência para ouvir, assim como a quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário dos três”, defende o tucano. A quebra de sigilo do ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli é outra prioridade, acredita.

O deputado avalia ser necessária a instalação imediata das subcomissões para tratar assuntos específicos, como a compra da refinaria de Pasadena, a questão das Refinarias Abreu e Lima, Premium I e Premium II e Comperj, além das possíveis irregularidades em contratos com a empresa holandesa SBM Ofshore, que teria pago US$ 139 milhões em propina para funcionários e servidores da Petrobras. “Cada subcomissão vai facilitar o trabalho para chegarmos em uma apuração detalhada de cada ponto”, explica.

O tucano demonstrou preocupação quanto à participação na CPMI de parlamentares que receberam recursos para campanha de empresas investigadas. “Temos que ter muito cuidado com a manipulação da CPMI, não vamos admitir isso sob hipótese nenhuma”, alertou. 

Izalci afirmou ainda que é papel do colegiado dar uma resposta imediata à população brasileira, que não vai esquecer os desmandos na maior empresa do país apenas por ocasião da Copa do Mundo, como acreditam alas do governo.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)