Fracasso petista

Valdivino: com política econômica esgotada, presidente Dilma vai deixar herança assustadora

Gestão petista deixa de herança cenário assustador com brasileiros endividados e sistema financeiro enfraquecido

A divulgação contínua de indicadores negativos sobre o desempenho da economia brasileira comprova que o modelo adotado pelo PT para promover o desenvolvimento está completamente esgotado. Na avaliação do deputado Valdivino de Oliveira (GO), o governo de Dilma Rousseff incentivou o consumo desordenado das famílias e deixa de herança um cenário assustador: brasileiros endividados e sistema financeiro enfraquecido.

A solução para a crise que tende a se agravar, segundo o tucano, está nas urnas. “Passa pelo processo eleitoral, que acontecerá no segundo semestre deste ano. O Brasil tem a grande oportunidade de mudar a política econômica mudando os rumos da política”, disse Valdivino.

Para o deputado, é preciso estimular os investimentos, devolver a confiança ao empreendedor, gerar empregos e fortalecer o sistema financeiro – medidas que Dilma já mostrou ser incapaz de adotar. “Se a política econômica brasileira não tiver uma mudança radical, nós não vamos experimentar taxas de crescimento maiores que as de hoje”, advertiu.  

SÓ UM MILAGRE – Empresários, analistas e consumidores dão sinais sucessivos de desconfiança e de insatisfação com as iniciativas tomadas pela presidente e sua equipe na tentativa de alavancar o Produto Interno Bruto (PIB), reduzir a inflação e, mais uma vez, impulsionar a vontade de comprar dos brasileiros.

Divulgado na manhã desta segunda-feira (19), o boletim Focus, levantamento feito pelo Banco Central com 100 instituições do mercado financeiro, aponta que a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 subiu de 6,39% para 6,43%, bem próximo da meta oficial do governo, que é de 6,5% ao ano. Já a previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,69% para 1,62%.

Do BC também desponta outro indicador que reforça a perspectiva pouco otimista sobre a economia. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), eleito pelos analistas como o termômetro do PIB, fechou o primeiro trimestre com a tímida expansão de 0,30% em relação aos três últimos meses de 2013 e de 1,6% frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi abalado, especialmente, pelo desempenho da economia em março. O IBC-Br retraiu nesse período 0, 11%, afetado pela fraca performance do comércio e da indústria.

DESCOMPASSO – Exemplo emblemático dessa situação foi apresentado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” desta segunda (19). Levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), feito a pedido do veículo, revela que, entre janeiro e março deste ano, o volume do comércio restrito (que exclui carros e materiais de construção) cresceu 4,5% comparado ao mesmo período de 2013. No entanto, os estoques nas lojas subiram 5,5%.

A diferença de 1 ponto percentual entre as vendas e os estoques não seria tão preocupante não fosse a desaceleração das vendas, o encarecimento do crédito e a redução do prazo de financiamento, afirmaram analistas. O estudo da CNC tomou como base as pesquisas de comércio e indústria do IBGE e de importações da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

As baixas vendas atestam o que já era de domínio público. Depois de comprar muito com crédito e financiamento a perder de vista, o brasileiro acumula boletos para pagar. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC, aumentou o número de famílias endividadas e com contas em atraso, de março para abril deste ano. O percentual de  brasileiros que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 62,3% em abril deste ano. Em março, o índice era de 61%.

 E tem mais:

Indicador de clima econômico no Brasil (ICE)

Resultado: 71 pontos em abril de 2014 (o pior índice desde 1999. Só não é pior que o da Venezuela)

Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)/Instituto Alemão Ifo

(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações do jornal O Estado de S.Paulo/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)