Cadê o intérprete de Libras
Em representação ao MPDF, Mara alerta para falta de acessibilidade em pronunciamentos de Dilma
A deputada Mara Gabrilli (SP) protocolou representação na Procuradoria Geral da Justiça do Ministério Público do DF chamando atenção para a falta de acessibilidade às pessoas com deficiência auditiva, usuárias da língua brasileira de sinais (Libras), nos pronunciamentos oficiais feitos pela presidente Dilma Rousseff.
A presidente vem usando incluindo apenas as pessoas com surdez usuárias da língua portuguesa que utilizam o recurso de legendas. A realidade é diferente dos usuários de Libras, que necessitam de uma janela com intérprete para terem acesso ao conteúdo.
“Como é possível Dilma se esquecer dessa expressiva parcela da população? Será pelo mesmo motivo que é preciso aguardar até um ano e meio, dependendo do lugar do país, para obter um aparelho auditivo ou realizar um implante coclear por meio do SUS?”, questiona Mara.
Como ressalta a tucana, o direito à comunicação é garantido a todos os brasileiros e o primeiro a dar esse exemplo deve ser o governo. É preciso, ao menos, demonstrar que reconhece a importância desses brasileiros adotando medidas simples que permitam o acesso à informação, sobretudo a oficial. “A dívida histórica com essa parcela da população é indiscutível. Esperamos que, enfim, essas vozes sejam ouvidas”, diz Mara.
Segundo o Censo do IBGE de 2010, o Brasil conta cerca de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Destas, cerca de 350 mil surdos são usuárias da Língua Brasileira de Sinais.
Acesse na íntegra o conteúdo da representação
(Da assessoria da deputada/Foto: Alexssandro Loyola)
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