Cronologia da má gestão


Com popularidade em queda, Dilma tenta barrar investigação de escândalos na Petrobras

Abril foi mais um mês amargo para Dilma Rousseff, que vê sua popularidade derretendo à medida que a população vai percebendo o acúmulo de tantos malfeitos.  Maior estatal brasileira, a Petrobras sofre com as garras perniciosas do PT. A polêmica compra da refinaria de Pasadena, por exemplo, continua sendo um negócio ainda a ser esclarecido pelas CPIs que o Congresso vai instalar em maio após muita resistência do Planalto. O governo atuou, sem sucesso, para impedir as investigações dos escândalos na estatal. A economia foi outro destaque negativo, com inflação e juros em alta, afetando diretamente o bolso do cidadão. Confira esses e outros fatos que marcaram o mês recém-encerrado: 

charge-22044Popularidade em queda livre: sucessivas pesquisas divulgadas ao longo do mês apontam o mesmo diagnóstico: a reprovação popular de Dilma cresce junto com desmandos do governo. Na reta final do seu mandato, a petista amarga o desgosto de milhões de brasileiros com a sua gestão. No dia 29, por exemplo, a CNT mostrou que 66,5% avaliam o governo como regular ou negativo. De acordo com o Ibope,  o percentual dos que desaprovam a maneira de Dilma governar superou a quantidade de defensores, subindo de 43% em março para 48%. A maioria (51%) não confia na presidente. Já o Datafolha identificou que 72% defendem que as ações do próximo presidente sejam diferentes das de Dilma. Os ventos da mudança sopram cada vez mais de Norte a Sul do Brasil. Desesperada com o derretimento de sua imagem, a petista fez um pronunciamento eleitoreiro em cadeia de rádio e TV às vésperas do 1º de maio.

CPI não: praticamente ao longo de todo o mês o Planalto agiu para tentar barrar as investigações dos diversos desmandos na Petrobras. A tática do desespero tem suas razões: a gestão petista teme o que pode ser descoberto em relação a temas como a polêmica compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios da estatal, e de outras denúncias envolvendo personagens como um ex-diretor da Petrobras e um doleiro, ambos presos. Foi preciso que a oposição recorresse ao Supremo para garantir seu direito constitucional de instalar a comissão parlamentar de inquérito, que deve finalmente começar a funcionar na 2ª semana de maio.

Pasadena: jogando a culpa um no outro: presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época da polêmica compra da refinaria nos EUA, a presidente Dilma insiste na tática de culpar terceiros pelo péssimo negócio. Ela votou a favor da aquisição de Pasadena, que já provocou um rombo bilionário nos cofres da Petrobras. Em depoimentos no Congresso e fora dele, personagens ligados ao negócio como a própria Dilma, além de Sérgio Gabrielli e Graça Foster, ex e atual presidente da Petrobras, e Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da estatal, patrocinaram uma verdadeira guerra de versões sobre a refinaria.

Enquanto isso, a população percebe que a aquisição foi um desastre para o Brasil: para 80,5% dos entrevistados pela CNT que estão por dentro do assunto, a compra foi irregular, e 66,5% pensam que a presidente Dilma é responsável pelo negócio. O fato é que a Petrobras vem sendo gerida de maneira descuidada, caótica e irresponsável pelos petistas e precisa ser resgatada e devolvida aos brasileiros.

Economia no mau caminho: mais juros,  perspectiva de inflação perto da meta e de baixo crescimento são apenas exemplos de que a economia brasileira vai mal. Em abril, pela nona vez seguida o Banco Central elevou a taxa básica de juros, que chega a 11% ao ano e deve subir ainda mais. Ou seja, Dilma não vai conseguir cumprir a promessa de reduzir a Selic em seu governo. A elevação sucessiva da taxa vem sendo a única ferramenta usada pelo governo petista para tentar conter a inflação, que não cede: economistas ouvidos pelo próprio BC chegaram a prever que a alta de preços vai superar o teto estabelecido pelo governo (6,5% ao ano). 

Conta de luz mais cara: após o anúncio demagógico de que os brasileiros pagariam menos pela conta de energia, a fatura vai pesar no bolso do consumidor. Segundo cálculos da consultoria Safira Energia, o aumento médio será de 18,7% no próximo ano.  Pior ainda para a indústria, que já paga hoje pela energia que consome mais do que gastava antes da intervenção truculenta e irresponsável da petista no setor elétrico. O setor vai ter que desembolsar, em média, 23,8% a mais do que no período anterior à aprovação da MP 579, que mudou as regras do setor de energia. 

 Nem IBGE e Ipea escapam: a interferência indevida da gestão petista alcança até mesmo institutos como o IBGE e o Ipea, abalando a credibilidade de ambos. No primeiro, a suspensão de divulgação de uma pesquisa sobre emprego foi duramente criticada por servidores do próprio IBGE, detonando uma crise interna. No segundo caso, o que sé vê é a transformação do Ipea em fábrica de documentos e teses destinados a embasar e legitimar o discurso governista. Além disso, o instituto cometeu erro crasso numa pesquisa que levou o Brasil a passar vergonha mundial por, supostamente, exibir uma intolerável taxa de machismo.

Ainda no que diz respeito a estatísticas, o Planalto estuda tirar os alimentos do cálculo oficial da inflação de forma a maquiar os dados e torná-los melhores do que realmente são. De acordo com a última pesquisa Datafolha, 65% dos entrevistados consideram que a inflação deverá aumentar.

charge-1004Copa sem legado: atrasos generalizados, sobretudo em obras de aeroportos, e o abandono de projetos de mobilidade urbana mostram que o governo do PT perdeu uma oportunidade de ouro para avançar nas obras que melhorem a vida das pessoas. Lula e Dilma fizeram grandiosas promessas de que os megaeventos esportivos trariam investimentos e melhorias, mas pouco saiu do papel. Resultado: os brasileiros estão pessimistas e decepcionados, como aponta pesquisa Datafolha: 55% acham que a competição trará mais prejuízos para a população em geral do que benefícios e, para 49%, esses prejuízos serão pessoais.

PAC continua se arrastando:  apresentada ao Brasil na campanha como gestora pública competente, a presidente Dilma Rousseff se aproxima do fim do mandato deixando a marca do improviso. Números do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 comprovam a tese. Segundo a ONG Contas Abertas, a “mãe do PAC” inaugurou pouco mais de 200 creches das 6 mil que prometeu na campanha presidencial, concluiu menos de 30% das obras rodoviárias e não tirou do papel 32% dos empreendimentos previstos nos aeroportos. Haja propaganda e marketing para maquiar tamanho fracasso.

(Da redação/Charges: Fernando Cabral)

 

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2 maio, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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