Negociações paradas

Eduardo Barbosa recebe grevistas de indústria de material bélico e teme por grandes eventos

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Eduardo Barbosa (MG), recebeu nessa terça-feira (29) comitiva de funcionários da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), vinculada ao Ministério da Defesa e ao Comando do Exército, que estão em greve há 17 dias. Segundo o tucano, “a greve compromete a entrega de pistolas e fuzis para as sedes da Copa do Mundo e dos demais grandes eventos a serem realizados no Brasil”.

O deputado lamentou ainda a inexistência de uma mesa de negociações entre a empresa, funcionários e o governo federal. Ele pretende enviar requerimento de informações ao ministro da Defesa, Celso Amorim, para conhecer detalhes acerca do impacto do movimento grevista na produção do armamento necessário para os grandes eventos e cobrar a abertura de negociações.

“É lamentável que uma companhia criada em 1808 e recentemente classificada como Empresa Estratégica de Defesa e Segurança seja vítima de um impasse principalmente há pouco mais de 40 dias da Copa do Mundo”, afirmou o deputado, solidário com os funcionários da Imbel.

A empresa tem unidades em Itajubá (MG), Juiz de Fora (MG), Magé (RJ), Rio de Janeiro, e Piquete (SP).  Há pouco tempo a Imbel agregou ao seu portfólio a Linha de Produtos IA2, constituída de fuzis de assalto, carabinas policiais, facas-Baionetas e facas de Campanha; linha de Produtos SATi – Sistemas de Abrigos Temporários, integrados pelas linhas de Campanha e Humanitárias, que disponibiliza abrigos temporários de alto desempenho; e o conjunto rádio de comunicações militares TRC 1193 – Rádio Mallet.

Barbosa sugeriu ainda a realização de audiência pública para discutir a situação trabalhista e salarial dos funcionários da Imbel.

(Da assessoria da CREDN, com alterações)