Má gestão


Comissão de Fiscalização ouvirá Graça Foster no dia 30 e Guido Mantega em 14/05

A presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle anunciou na manhã desta quarta-feira (23) as datas de audiências públicas com Graça Foster e Guido Mantega. A presidente da Petrobras será ouvida na próxima quarta-feira (30), enquanto o ministro da Fazenda irá à Câmara no dia 14 de maio. Em pauta, temas envolvendo a Petrobras, em especial a polêmica compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios da história da maior estatal brasileira.

Diante do anúncio, o deputado Vanderlei Macris (SP) deixou em suspenso o requerimento de sua autoria que pede a convocação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O tucano queria a ida do ministro à Câmara diante de dois adiamentos do depoimento de Graça Foster à CFFC.  Atual presidente  do Conselho de Administração da Petrobras, Mantega falará a pedido do Democratas.

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O requerimento de Macris chamando a presidente da Petrobras para dar explicações foi aprovado em 12 de março.  Ela terá que dar justificativas não somente sobre a refinaria, mas também a respeito da denúncia sobre o suposto pagamento da propina pela empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas de petróleo  para clientes do mundo inteiro.

Em outubro do ano passado, um ex-funcionário da firma vazou dados de uma auditoria interna sobre o pagamento de propinas de até US$ 250 milhões. A suspeita é que, desse montante, US$ 139 milhões teriam sido destinados a intermediários e funcionários da Petrobras em troca de encomendas de plataformas de produção.

No último dia 15, Graça Foster participou de audiência no Senado. Na ocasião, deixou perguntas sem resposta e reforçou necessidade da CPI da Petrobras. A executiva admitiu que a compra da refinaria de Pasadena  não foi um “bom negócio” para a Petrobras e confirmou a perda de US$ 530 milhões da companhia com a negociação.

Em vários momentos, ela indicou a existência de falhas no resumo executivo que recomendou a aquisição daquele ativo, elaborado na época pelo diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró, que prestou depoimento na CFFC semana passada.

No entanto, Foster permaneceu em silêncio quando questionada sobre o valor atual de Pasadena e por não ter havido a demissão de Cerveró. Sobre a prisão do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto da Costa, na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, ela disse que o episódio causou constrangimento e que todos os contratos relacionados à eventual participação dele estão sendo avaliados.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)

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23 abril, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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