Prioridade invertida

Investir na saúde é garantir o desenvolvimento do país, defende Gomes de Matos

Aplicar dinheiro na saúde pública é investimento, não um gasto, defendeu o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) durante comissão geral sobre o financiamento de ações e programas da área. A desculpa da falta de recursos é furada, alertou o tucano. No ano passado, o governo arrecadou mais de R$ 1 trilhão em impostos. “Não é questão de falta de recurso, mas de prioridade”, destacou.

“É um investimento para o desenvolvimento do nosso país. É para garantir saúde de qualidade ao estudante, à força de trabalho”, disse. Em setembro do ano passado, o deputado pediu explicações ao Ministério da Saúde sobre o gasto de R$ 2 bilhões em propaganda, mas não teve resposta. “Para publicidade há, para propagando do PAC há, mas para manter a saúde de qualidade do povo brasileiro não há”, criticou.

O debate envolve parlamentares ligados ao setor, representantes do Conselho Nacional de Saúde e do movimento Saúde+10. Esse movimento, que reúne dezenas de entidades ligadas à saúde, recolheu 2,2 milhões de assinaturas e apresentou um projeto de iniciativa popular (PLP 321/13) que obriga a União a destinar anualmente 10% de suas receitas correntes brutas para o financiamento do setor.

Gomes de Matos cobrou compromisso com as milhares de pessoas que assinaram a proposta. “Vamos montar uma estratégia, cada estado vai designar os seus servidores, como também estão fazendo os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Endemias, que sistematicamente estão aqui, lotando as galerias, cobrando o compromisso para que possamos normatizar essa matéria”, afirmou.

 (Da Redação/ Foto: Alexssandro Loyola)