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Ex-diretor da estatal se dispõe a dar explicações sobre desastrosa aquisição
O “Jornal Nacional” desta terça-feira (1) revelou que o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró está disposto a esclarecer no Congresso a compra da refinaria de Pasadena. Ele enviou carta ao Senado, à Câmara, à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República oferecendo explicações, em iniciativa oposta à do governo, que tenta impedir as investigações.
O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, ressalta que os conselheiros, entre eles a presidente Dilma Rousseff, tinham os dados para avaliar a operação. “O que tem que ficar muito claro é que todas as informações necessárias do contrato estavam à disposição de todos os conselheiros e todas as assessorias jurídicas de cada conselheiro. Então a parte dele, ele fez”, afirmou ao jornal
Pedido de tucanos
Na semana passada, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou requerimento que convida Cerveró a prestar esclarecimentos sobre a desastrosa operação de compra da refinaria. O pedido foi apresentado por parlamentares da oposição: o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), o 1º vice-líder, Vanderlei Macris (SP), e o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).
Os tucanos querem, especialmente, detalhes sobre a reunião do Conselho de Administração da Petrobras ocorrida em 3 de fevereiro de 2006 que aprovou a compra da refinaria com base em Sumário Executivo apresentado por Cerveró e elaborado em conjunto com a Área de Refino e Abastecimento da estatal. Dilma aprovou o negócio, mas na semana passada alegou que o documento tinha falhas técnicas.
A transação foi uma das piores da história da Petrobras. Em 2012, a estatal desembolsou US$ 1,18 bilhão para a compra da refinaria de Pasadena no Texas, EUA, sendo que sua ex-sócia belga no empreendimento, a Transcor/Astra, havia pago US$ 42,5 milhões sete anos antes.
(Da Redação)
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