Posicionamento contundente


Comissão de Relações Exteriores vai elaborar moção sobre crise envolvendo Rússia e  Ucrânia

 Representante do MRE afirma quie Brasil atua na crise Rússia - Ucrânia Foto Lúcio Bernardo JrPresidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado Eduardo Barbosa (MG) anunciou que um grupo de trabalho será criado no âmbito do colegiado para a elaboração de uma moção da respeito da crise envolvendo Rússia e Ucrânia. O objetivo é que haja ainda uma posição da instituição Câmara dos Deputados.

“Esperamos do Brasil uma tomada de posicionamento contundente. No entanto, a CREDN como responsável por discutir os temas relacionados à política exterior, irá se posicionar a respeito do assunto”, afirmou Barbosa.

A pedido do tucano e do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), a comissão promoveu audiência pública sobre o tema. Entre os participantes, estão o presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira, Vitorio Sorotiuk, e o presidente da Sociedade Ucraniana do Brasil (SUBRA), Roberto Oresten.

Sorotiuk reclamou da posição brasileira. Segundo ele, cartas enviadas ao ministro das Relações Exteriores e à presidente da República não foram respondidas, “embora eu represente uma comunidade com meio milhão de pessoas”. Ele também chamou a atenção para os desdobramentos da crise uma vez que Polônia, Eslovênia e até a Suécia, estão reforçando suas capacidades militares por temerem novas ações russas. Para Roberto Oresten, a posição do Brasil é determinante, pois influencia a comunidade internacional.

Já o diretor do Departamento de Europa do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Oswaldo Biato Júnior, disse que o Brasil atua na crise envolvendo a Rússia e a Ucrânia. “O Brasil advoga pelo diálogo e a solução negociada da crise entre Rússia e Ucrânia, dois importantes parceiros nossos”, alegou.

Biato Júnior falou por pouco mais de dez minutos e pediu que os questionamentos dos parlamentares fossem feitos diretamente ao chanceler Luiz Alberto Figueiredo Machado, que comparecerá à CREDN no dia 16 de abril para falar sobre este e outros temas da política externa brasileira.

No entanto, o embaixador explicou que uma solução para a crise entre a Rússia e a Ucrânia passa pelo respeito a todas as minorias que vivem naquela região. “O Brasil também apoia fortemente o papel do Secretário-Geral da ONU que tem dialogado com as partes. Esta crise não tem ganhadores e o Brasil está à disposição para ajudar neste processo”, afirmou.

O diplomata revelou ainda que a comunidade brasileira na Ucrânia é formada por cerca de 100 pessoas e que a embaixada do Brasil em Kiev tem mantido contato permanente com elas. Segundo ele, estas pessoas não têm enfrentado nenhum tipo de problema por conta da crise.

(Da redação com informações da Comissão de Relações Exteriores/ Foto: Lúcio Bernardo Junior)

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26 março, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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