Crise generalizada


Pitiman denuncia “caos institucional” no DF e enumera 13 promessas esquecidas pela gestão petista

O Distrito Federal vive várias crises – de segurança, de transporte, de saúde e na educação – todas elas em áreas críticas e de uma forma criminosa. A afirmação é do deputado Luiz Pitiman (DF), feita em discurso nesta terça-feira (18) na Câmara, quando enumerou 13 promessas não cumpridas e 13 escândalos envolvendo o governador ou o seu governo.

De acordo com Pitiman, existe um “caos institucional” criado pela má administração do governo do PT, “que tanto no DF, como a nível nacional, pratica um grande estelionato eleitoral”. Pitiman lembrou que na última campanha o então candidato a governador do PT fez 13 promessas para cada categoria profissional.

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Prometeu que assumiria, nos primeiros 6 meses do seu mandato, a Secretaria de Saúde para resolver os graves problemas de saúde do DF. Não cumpriu a promessa e os problemas da saúde continuam ainda mais graves: filas, falta de médicos, falta de material, hospitais abandonados, ausência de leitos, falta até cadeira de rodas para pegar o paciente, lamentou o tucano, acrescentando que o caos é geral e o sofrimento da população é diário.

Transporte
O então candidato do PT prometeu integrar o sistema de transporte público da cidade, implantar um sistema de bilhete único, 2 km na linha do metrô que chega a Ceilândia, 2 km a mais em Samambaia e estender o Metrô até o fim da Asa Norte. Segundo Pitiman, além de não fazer nada do que prometeu, ele disse que modernizaria o transporte público, “mas apenas trocou parte da frota de ônibus, por modelos antiquados, com motor na frente ao lado do motorista, com catraca que não se usa mais em nenhum lugar do mundo, chassis de caminhão com altura muito acima do meio fio, movidos a diesel”.

O que era para ser o futuro, destacou o deputado, virou o passado, “pois em nenhum lugar do planeta com população acima de 500 mil habitantes é adotado o modelo que foi implantado em Brasília”. Para Pitiman, o VLT e os trilhos são o futuro. Ainda de acordo com o pronunciamento, o atual governador prometeu construir 100 creches e só fez duas; prometeu dar educação para crianças de 4 a 5 anos, e em 2014 mais de 6 mil crianças nesta idade estão sem escolas.

Segurança
Na área da segurança pública, o hoje governador prometeu criar rondas ostensivas e aumentar o patrulhamento das ruas no DF. O governador havia feito 13 promessas aos policiais militares e não cumpriu nenhuma delas, lembrou Pitiman.  Ele citou a operação tartaruga, como revide dos policias às promessas não cumpridas e disse que quem pagou foi a população do DF, que agora tem medo de sair de casa. Assaltos, roubos, homicídios, sequestros relâmpagos, drogas, latrocínio, são frequentes, lamentou o deputado.

O atual governador prometeu, disse Pitiman, regularizar condomínios e menos de cinco por cento foram regularizados. Prometeu preservar o Plano Piloto e o PPCUB (Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília) “não preserva e sim fere o tombamento da cidade”. Entre outras promessas não cumpridas destacadas por Pitiman está a de resolver os problemas de mais de 110 mil pessoas que moram no Sol Nascente e Por do Sol, que não têm asfalto, esgoto, energia e nem recolhimento de lixo. Essas pessoas, lamenta o deputado, vivem no “abandono completo do estado, propiciando que a marginalidade tome conta e dite as regras como hoje acontece em outras cidades violentas do país”.

Escândalos
Quanto terminou de enumerar as promessas não cumpridas, Pitiman começou a falar dos escândalos que marcaram o atual governador do DF. Começou com a do cabo PM João Dias, que jogou um saco de dinheiro com mais de R$200.000,00 dentro do Palácio do Buriti, na mesa do secretario de Governo, dizendo que era devolução de propina que tentaram comprá-lo. Falou das Administrações Regionais, que viraram cabide de emprego e palco de escândalos, com demissões e até prisões de administradores; de mendigos e viciados em crack que não recebem atenção do governo; do DFTrans que tem sido palco de escândalos de corrupção e empreguismo.

E ainda da licitação do jatinho, com serviço de aeromoça e sala Vip; do desvio de verba na Fundação de Amparo à Pesquisa do DF (FAP-DF), com prisão de funcionários. Também das empresas de publicidade pagas para falar mal dos adversários, fraudando perfis na internet, para elogiarem o governador e difamarem adversários, principalmente no Facebook.

Estádio superfaturado
O Estádio Mané Garrincha mereceu um tópico especial do discurso. Lembrou que Salvador, Recife, Fortaleza e vários outros lugares que sediarão jogos não gastaram mais de R$600.000,00 nos estádios, mas aqui que é a Capital da Republica, local que devemos dar exemplo ao país, o Estádio Nacional custou mais de um bilhão e setecentos milhões.

Para Pitiman, o fato é que o GDF “elegeu como prioridade construir um estádio bilionário, o mais caro do mundo, e se esqueceu que tinha outras obrigações, como cuidar das cidades que tinham outras prioridades”.
Pitimou lembrou ainda que o governador, no ano de 2013, foi denunciado no Supremo Tribunal Federal por atos praticados ainda como Diretor da Anvisa e também está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça por envolvimentos com Carlinhos Cachoeira no resultado da CPMI e também por enriquecimento de familiares.

O deputado finalizou com o mais recente escândalo, envolvendo o governador, que tem dado tratamento diferenciado aos mensaleiros presos na Papuda. “O povo colocou e o povo vai tirar”, concluiu Pitiman, referindo-se às próximas eleições.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)

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18 março, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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