Incompetência


Interferência de Dilma nos setores elétrico e petrolífero gera enormes prejuízos, alertam deputados

A polêmica interferência da presidente Dilma nos setores elétrico e petrolífero traz múltiplos prejuízos ao país, na avaliação de deputados do PSDB. Desde o início do processo de renovação das concessões elétricas, a charge-14031Eletrobras perdeu R$ 19 bilhões em valor de mercado e até mudou de sede para economizar o aluguel. A política de subsídio à energia já atinge os R$ 63 bilhões e afeta o caixa da Petrobras. De olho nas urnas, o governo empurra para depois das eleições reajustes que acabarão sendo pagos pelo consumidor. Para os tucanos, o modelo adotado pelo Executivo é equivocado.

Na opinião de Duarte Nogueira (SP), a redução das tarifas tornou-se um presente de grego. “Isso mostra que o modelo populista, demagogo e ineficiente num primeiro momento pode ser generoso, mas num segundo momento é muito cruel. Esse presente se transformou em um pesadelo, porque o consumidor brasileiro vai ter que pagar a conta”, alertou. “As empresas estão sendo objeto de total deliberação pela péssima qualidade de gestão e de decisões desacertadas que o governo tomou lá atrás e que agora estão sendo colhidas na forma de prejuízos”, completou.

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Para Alfredo Kaefer (PR), os números são resultado das falhas condições de antecipação da renovação das concessões de geração e transmissão de energia lançada em 2012. “Isso faz parte da política equivocada que a presidente administrou. A antecipação do fim das concessões deixou as empresas sem capacidade de investimento. O resultado esta aí: faltam recursos e estamos gastando bilhões com produção de energia termelétrica”, declarou.

A redução da conta de luz aumentou os custos para as distribuidoras. Com a falta de chuvas, foi preciso acionar as termelétricas, mais caras que as hidrelétricas. Além disso, as distribuidoras não conseguiram comprar energia suficiente nos leilões e tiveram que recorrer ao mercado livre, a preços bem maiores.

Eletrobras no vermelho
Em 2012, a Eletrobras teve o maior prejuízo da história das empresas de capital aberto, de R$ 6,8 bilhões. Com queda de receita e piora nos indicadores financeiros, o grupo já demitiu mais de 4.400 funcionários, reduziu em média 16% os gastos gerais e ainda deve trocar sua sede, no centro do Rio, por um anexo no prédio de Furnas, no bairro de Botafogo, para economizar o aluguel. A rentabilidade da companhia – em 12 meses até setembro – estava negativa em 15,59%, segundo levantamento da consultoria Economática, com base no último balanço. A margem Ebitda (geração de caixa), que mede a lucratividade da empresa, também está no vermelho: -38,46%.

Nada de autossuficiência

Já a Petrobras tem enorme dificuldade para cumprir suas próprias metas. A produção de petróleo tem frustrado expectativas pelo menos desde 2007. No ano passado, a estatal produziu 1,931 milhão de barris por dia, 750 mil barris a menos que o projetado quatro anos antes. Conforme destacou Duarte Nogueira, a autossuficiência em petróleo anunciada com toda a pompa pelo governo do PT é mais uma promessa que não saiu do papel.

 “A Petrobras não só não atingiu a autossuficiência como hoje está produzindo menos do que produzia anos atrás. Trata-se da empresa não financeira mais endividada do planeta, comprometendo o plano de investimentos de longo prazo para a autossuficiência. A continuar nessa cadência, a autossuficiência só será atingida depois de 2020”, avaliou.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Charge: Fernando Cabral /Áudio: Hélio Ricardo)

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17 março, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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