Risco de prorrogação

Descompromisso com obras portuárias prometidas para a Copa é visível, lamenta Hélio Santos

As obras portuárias prometidas pelo governo federal para a Copa do Mundo estão com seus cronogramas atrasados. Para o deputado Hélio Santos (MA), a situação reflete “a falta de responsabilidade” do governo federal com a organização do mundial. Reportagem do jornal “Valor Econômico” desta terça-feira (11) informa que algumas obras “correm o risco de entrar na prorrogação”, já que serão concluídas somente a poucos dias do início do mundial.

“O descompromisso é grande e visível. Identificamos nos aeroportos, nas estradas e agora também nos portos. É resultado de um governo que está mais preocupado com o lado eleitoreiro do que com a gestão do país”, disse o tucano.

O projeto sobre obras portuárias do governo federal foi lançado em 2011 para atrair turistas para a Copa do Mundo. O objetivo do projeto é dar mais conforto aos passageiros de navios turísticos. A iniciativa prometia recursos como novos píeres, terminais de desembarque e outros, e sua previsão de conclusão era o segundo semestre de 2013. Os trabalhos, no entanto, seguiram rumo diferente do anunciado pelo governo federal.

De todos os projetos anunciados em 2011, apenas o terminal do Recife já está em uso. Em cidades como Fortaleza e Natal, há o risco de que as obras não fiquem prontas a tempo da Copa do Mundo – o que é preocupante especialmente para a capital cearense, que sediará o jogo entre Brasil e México, para o qual são esperados 4 mil mexicanos que chegarão ao Brasil via navio de cruzeiro.

Santos contestou a alegação de Paulo André Holanda, presidente das Docas do Ceará, que foi ouvido pela reportagem do Valor e justificou os atrasos por fatores climáticos e por greves dos operários. “Não faz sentido algum essa história. O Brasil foi definido como sede da Copa do Mundo em 2007. Teve sete anos, portanto, para se preparar. Houve sete anos de greve? De chuvas? Não podemos usar isso para disfarçar a incompetência”, destacou.

(Da Agência PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)