Petistas abusam

PSDB quer que PGR investigue ministro e que dinheiro gasto em viagem pela FAB seja ressarcido

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), anunciou neste sábado (8) que irá pedir à PGR (Procuradoria-Geral da República) para que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, seja investigado por provável prática de improbidade administrativa por ter usado o avião da FAB para levar a esposa a três capitais – Salvador, Recife e Rio de Janeiro – durante o carnaval.

Na representação, que será protocolada no início da semana, Imbassahy também pedirá a devolução dos valores gastos no transporte e irá protocolar requerimento de informações solicitando ao ministro a relação dos passageiros e se todos estão relacionados ao programa de prevenção à AIDS, que, segundo Chioro, motivou as viagens. As ações serão feitas em conjunto com o Democratas, PPS e Solidariedade.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, os hotéis foram pagos com a diária recebida pelo ministro, de R$ 2.541,88, e o nome da esposa não aparece entre os integrantes da comitiva. Para Imbassahy, “o ministro, que assumiu a pasta há cerca de um mês, repete práticas rotineiras dos governos Lula e Dilma – a de tentar manter informações em sigilo em viagens oficiais e a de misturar o público com o privado”.

“A presidente Dilma e o ex-presidente Lula sempre tentaram esconder informações de viagens oficiais, que, sempre é bom lembrar, são bancadas com dinheiro público. Dilma tentou manter em sigilo a escala feita em Lisboa, onde torrou R$ 27 mil numa única diária de hotel, e Lula carregava a então chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, em viagens internacionais, sem que o nome dela aparecesse na relação das comitivas. Como o exemplo vem de cima, o ministro da Saúde, que está no cargo há pouquíssimo tempo, já recorreu ao mesmo expediente. Misturam o público com o privado com uma facilidade surpreendente”, afirmou Imbassahy.

O líder do PSDB afirmou também que prefere recorrer à PGR porque a Comissão de Ética Pública da Presidência da República já demonstrou ser “a comissão da ética da presidente Dilma”, ao evitar abrir investigações contra ministros. Imbassahy disse que na próxima semana irá protocolar representação na PGR solicitando a dissolução do colegiado.

“No exemplo mais recente, a Comissão de Ética não viu nada de errado no fato de a ministra Ideli Salvatti ter usado o helicóptero do SAMU para fazer campanha eleitoral. Para evitar péssimos exemplos como esse, é melhor para o país dissolver essa comissão”, disse.

(Da assessoria de imprensa da Liderança do PSDB na Câmara/Foto: Alexssandro Loyola)