Potencial de crescimento

Wandenkolk cobra investimentos federais e redução das desigualdades no Pará

O deputado Wandenkolk Gonçalves (PA) cobrou nesta sexta-feira (7) investimentos do governo federal no Pará, que apresenta uma variedade de riquezas naturais. O parlamentar destaca que o estado já contribuiu muito para o desenvolvimento do país e chegou a hora de receber uma contrapartida.  

“Vivemos o ciclo da borracha e pouca coisa ficou para o Pará, com exceção de algumas estruturas na capital Belém; da castanha, totalmente extinta; vivemos da madeira; do ouro; infelizmente nada que nós pudéssemos dizer e apontar como característica de crescimento e desenvolvimento para o nosso estado”, ressaltou. 

Segundo ele, é preciso promover a interiorização de serviços e criar políticas públicas que atendam às necessidades dos paraenses.

Investimento no turismo

Wandenkolk destaca que a região pode desenvolver turismo sustentável, mas falta incentivo. “Temos vocação por turismo de negócio; de evento; pesca esportiva; principalmente na Ilha do Marajó, enfim, a possibilidade concreta de termos no nosso estado essa perspectiva desenvolvimentista”, disse. 

O Pará tem o quarto maior rebanho bovino do país, com cerca de 20 milhões de cabeças de gado. O estado é o segundo maior produtor de cacau do país, ultrapassando este ano a produção de 100 mil toneladas, perdendo apenas para a Bahia. O tucano convida as empresas do setor a se instalarem na região. “Temos o maior ponto de fusão de cacau do país; a maior produtividade quase chegando ao dobro da Bahia. Precisamos nos integrar com a Bahia para fazermos um centro polarizador da cacauicultura”, disse. 

Um dos principais problemas da região é a desigualdade social. “É preciso direcionar esforços para que possamos diminuir as distancias sociais. Infelizmente para a Amazônia não temos um planejamento ou políticas públicas que definam o tal desenvolvimento sustentável”, pediu. 

Wandenkolk criticou as mazelas enfrentadas por quem trafega a rodovia Transamazônica e a concessão do governo federal para asfaltar o trecho de Sinop (Mato Grosso), que deixou de fora a cidade de Santarém. “Pedimos ao governo e a esta Casa que intercedam junto ao Dnit e ao Ministério dos Transportes para que essa concessão seja estendida até Santarém. Santarém é o porto mais próximo da Europa”, apontou. 

O tucano chamou atenção para o contraste de realidades vividas no estado. Enquanto grandes companhias acumulam lucros milionários, a população pobre sofre com a falta de serviços. “E nós ainda temos gente em Marabá, em Parauapebas, em Canaã de Carajás, em Itupiranga, em Rondon do Pará, no sul do Pará, como um todo, morrendo nas filas dos hospitais por falta de atendimento pelo SUS, por falta de salas de aula, bancos escolares, universidades”, lamentou. 

(Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)