Derrota política


Governo sofre risco de derrota na retomada das votações da Câmara

Com a base aliada em crise, o Palácio do Planalto sofre sérios riscos de sofrer uma derrota política na retomada das votações na Câmara na próxima terça-feira (11). O primeiro item da pauta é o requerimento do PSDB que 10950083624_575a7349b0_bpede a criação de comissão externa para ir à Holanda obter mais informações sobre a investigação de pagamento de propina na Petrobras. O deputado Nilson Leitão (MT) destacou a importância do colegiado para apurar as denúncias.

“A aprovação dessa comissão externa é imprescindível. O PT, que foi combativo antes de ser governo, não pode agora se negar a investigar uma denúncia de propina numa empresa que é um orgulho para os brasileiros”, declarou nesta sexta-feira (7).

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Várias legendas não têm apoiado o governo nas votações. Apenas PCdoB, PRB e PV orientaram a favor da retirada de pauta do requerimento de criação de comissão externa durante votação em plenário.

Na avaliação do deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), a proximidade das eleições deve atrapalhar as discussões na Casa. Conforme destacou, o PT vem obstruindo as votações. “Teremos grandes dificuldades de avançar nas votações e entrar em consenso. Quanto mais se aproxima o período eleitoral, mais difícil será votar as matérias nesta Casa”, afirmou.

Nos últimos dias os principais “aliados” no atual governo – PT e PMDB – vêm trocando farpas publicamente. O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), convocou reunião da bancada para a próxima terça-feira, quando será debatida a antecipação da convenção que poderá aprovar o rompimento da aliança dos dois partidos para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Para Nilson Leitão, a postura do PMDB é a favor do Brasil. “Quando o PMDB se comporta desse jeito começa a se comportar de forma republicana e a favor dos brasileiros, independentemente das negociações de interesse fisiológico ou de interesse partidário”, disse.

A petista não vem conseguindo concluir a reforma ministerial para abrigar sua ampla base. A presidente enfrenta dificuldades para atender ao interesse de todos os aliados, apesar de haver 39 pastas em funcionamento. Para Gomes de Matos, falta habilidade à Dilma para coordenar os aliados.

“A tão propalada governabilidade vem prejudicando o país. Ela quer colocar 14 partidos dentro do governo. Haja ministério para contemplar tantos partidos. Isso é inconcebível na democracia brasileira”, criticou.

Pauta trancada – Nas sessões ordinárias, a pauta continua trancada por seis projetos de lei do Executivo com urgência constitucional. O primeiro deles é o do marco civil da internet (PL 2126/11).

Em sessão extraordinária marcada para a terça-feira, os parlamentares podem continuar a votação dos destaques apresentados ao projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC).

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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7 março, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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