Função invertida


Líder do PSDB defende dissolução da Comissão de Ética Pública da Presidência

foto Alexssandro LoyolaDiante do arquivamento do procedimento aberto contra a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pelo uso do helicóptero da Polícia Rodoviária, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), defendeu a dissolução da Comissão de Ética Pública da Presidência da República por entender que o colegiado teve sua função invertida – em vez de aplicar a legislação que rege a conduta dos agentes da alta administração federal, serve apenas para limpar a barra dos auxiliares da presidente Dilma Rousseff. “É a Comissão da Ética da presidente”, diz.

O líder do PSDB afirmou que a decisão da Comissão de Ética contrasta com a do Ministério Público Federal de Santa Catarina, que abriu investigação sobre o mesmo caso e anunciou, ainda em janeiro, o ajuizamento de ação por improbidade administrativa contra a ministra e a devolução de R$ 35 mil pelo uso da aeronave.

Imbassahy afirmou também que irá protocolar nesta terça-feira representação no Ministério Público Federal para que essa discrepância nas decisões seja apurada. A ação também será assinada pelo Líder do Democratas, Mendonça Filho (PE), que ficou igualmente indignado com o arquivamento por parte da Comissão de Ética.

O tucano também classificou como “deboche” o arquivamento do presidente da Comissão, José Américo Lacombe, sobre o pedido que o PSDB apresentou, no final de janeiro, para que o colegiado avaliasse os procedimentos ocorridos na escala da presidente Dilma e comitiva em Lisboa, que seria mantida em sigilo, mas foi descoberta pela imprensa. O líder do PSDB à época, Carlos Sampaio (SP), afirmou que Lacombe sequer tinha lido a representação.

“A Comissão de Ética Pública da Presidência fez um deboche no caso da viagem luxuosa de Dilma em Lisboa e agora menospreza a vida dos brasileiros. Se o Ministério Público Federal está pedindo a devolução de dinheiro pelo uso irregular do helicóptero, por que a Comissão arquivou o caso? Essa comissão tem um efeito deletério, já que ela vem interpretando a legislação de maneira tolerante com malfeitos e irregularidades. Ela acaba legitimando falcatruas. Não há outro caminho senão dissolvê-la”, afirmou o líder.

(Da assessoria da Liderança/ Foto: Alexssandro Loyola)

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24 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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