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Tebaldi reprova tentativa do governo federal de inflar resultados do PAC

O deputado Marco Tebaldi (SC) criticou a tentativa do governo de inflar os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em vez de investir em obras de infraestrutura essenciais para a competitividade 8003373612_0519d4cc1a_bdo país, o ministério do Planejamento anunciou entre os projetos executados distribuição de retroescavadeiras, quadras de esportes, creches, postos de saúde e, sobretudo, apartamentos do Minha Casa, Minha Vida, que têm apresentado inúmeros problemas estruturais.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou que, em três anos, o PAC 2 superou em 25% os investimentos realizados no PAC 1, chegando a 82,3% de execução dos projetos. No entanto, estudo realizado pela Assessoria Técnica do PSDB na Câmara mostra, por exemplo, que dos R$ 53,1 bilhões autorizados para o PAC em 2013, foram pagos menos de um terço do total. A conta demonstra a total incapacidade de gestão do governo federal para realizar as obras do programa.

Para Tebaldi, o governo é especialista em arranjar justificativas e mentir para a população. “Esse lançamento só mostra que é mais uma peça de publicidade visando às eleições, nada mais que isso. Se a gente for pegar as obras todas e analisá-las uma a uma, a maioria não foi concluída”, ressaltou. 

Ainda de acordo com o estudo do PSDB, dos R$ 264,5 bilhões autorizados nos orçamentos de 2007 a 2013, apenas R$ 165,0 bilhões (62,4%) foram efetivamente aplicados. A distância entre os números e a propaganda oficial em torno do PAC comprova a má gestão na aplicação dos recursos do contribuinte. “Como demonstra este levantamento, as obras que foram concluídas são mal feitas. É um governo que não trabalha com projeto em médio e longo prazo. Tudo é na improvisação para se manter no poder e perpetuar este status de arranjar vagas para abrigar os companheiros”, destacou. 

O jornal “Correio Braziliense” desta quarta-feira (19) cita que mesmo empreendimentos que nunca saíram do papel, como o trem-bala, foram apontados como “em execução adequada”. E, apesar de mais de 10 mil megawatts terem sido agregados ao sistema gerador de energia elétrica nos últimos três anos, a maior parte dessa eletricidade não chegou aos consumidores porque não foram construídas as linhas de transmissão. Caso a integração entre geração e distribuição estivesse concluída, certamente o país não estaria ameaçado pelo risco de racionamento.

Segundo Tebaldi, o governo não organizou o país para crescer e tem usado os recursos no assistencialismo, não priorizando o desenvolvimento da indústria. “Hoje dependemos da importação e vemos que o país está entrando num processo de recessão. Daqui a pouco a situação econômica não vai se controlar. Precisamos combater essas mentiras que o governo tem pregado ao longo do tempo”, finalizou. 

 (Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola)

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19 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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