Planalto perdido


Brasil sofre de “apagão de autoridade” protagonizado por Dilma, aponta líder do PSDB

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), alertou, da tribuna, para o “apagão de autoridade” que atinge o país. Para ele, a má gestão da presidente Dilma e o descumprimento de inúmeras promessas têm relação com más notícias recentes envolvendo o Brasil. 

“Pelos acontecimentos das últimas semanas, podemos concluir que o Brasil convive hoje com mais um apagão, além do apagão de energia, da internet, da infraestrutura e da logística, das reformas estruturais: o apagão de autoridade”, destacou o parlamentar em discurso na manhã desta quinta-feira (13). “Segundo ele, não é à toa que a maioria da população clama por novas perspectivas para a nação. “É perceptível que há um desejo coletivo e latente por mudanças”, afirmou.

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Petista foi incapaz de liderar transformações

Na avaliação de Imbassahy, Dilma se revelou incapaz de liderar as transformações que o Brasil necessita. Para ele, a petista se revelou “uma gerente medíocre e que, agora, assiste omissa à desordem que se instala no país”. “O fato é que paira sobre a nação à sensação de um crescente vazio de autoridade, que motiva acontecimentos como esses que estamos vendo”, avaliou o deputado.

Entre os diversos acontecimentos que tem deixado milhões de brasileiros apreensivos e em dúvida sobre o futuro da nação, o tucano citou a manifestação comandada pelo MST, que, apoiado pelo PT, provocou ontem o cancelamento dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal. Um grupo de manifestantes tentou invadir o Supremo, num ato de afronta ao Judiciário, como destacou o tucano, e que deixou 42 pessoas feridas.

Imbassahy ressaltou ainda que a insatisfação atinge o setor público. Nesta semana, a Polícia Federal fez uma paralisação em vários estados para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Como se não bastasse, a economia também não vai bem das pernas. “Há uma coleção de más notícias: inflação alta, juros altos, crescimento medíocre. Se antes o Brasil fazia parte do conjunto de países com maior expectativa de crescimento, hoje, no governo Dilma, estamos no grupo dos chamados 5 frágeis. Numa lista de 15 nações, somos considerados a segunda economia emergente mais vulnerável”, destacou o tucano em referência a dados divulgados nessa semana pelo Banco Central Americano.

O deputado fez menção ainda ao protesto que levou milhares de pessoas às ruas no Rio de Janeiro por causa do aumento das tarifas de ônibus. Nessa mesma manifestação, vândalos infiltrados entre os populares causaram a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes . Imbassahy lembrou que o governo do PT tem defendido ao longo dos anos o controle de conteúdo da mídia, uma espécie de censura prévia.

Sentimento de impunidade

“A somatória desses acontecimentos nos faz concluir que eles são o resultado de um apagão de autoridade”, reforçou o líder tucano. Segundo ele, o MST, assim como os manifestantes do Rio e tantos outros Brasil a fora foram às  ruas porque a presidente não foi capaz de melhorar os serviços públicos – a Saúde, a Segurança Pública, a Educação, a despeito da arrecadação cada vez maior. “No ano passado, os brasileiros pagaram R$ 1,13 trilhão em impostos. Um recorde. E os serviços públicos melhoraram? Não, já que boa parte desse dinheiro vai para manter o governo e sua máquina gigante funcionando com 39 ministros”, criticou.

Ainda de acordo com o parlamentar, a violência que impera nas ruas e atinge inclusive os movimentos que deveriam ser pacíficos só acontece porque o sentimento de impunidade permanece latente no país. E o próprio PT contribui para isso, de acordo com o líder. Foi assim durante a passagem do presidente do Supremo no Congresso durante a abertura dos trabalhos legislativos deste ano,  quando o petista André Vargas (PT-PR) fez gesto desrespeitoso na presença de Joaquim Barbosa. 

“Dilma é a presidente da República e líder do seu partido. Deveria exigir dos seus correligionários respeito às instituições, às autoridades. Mas fica calada, consente. Decisão da Justiça não se discute e muito menos se ridiculariza”, afirmou o deputado. Assista na TV 45 a íntegra do discurso:

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola /Áudio: Hélio Ricardo)

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13 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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