Violação à autonomia


Domingos Sávio afirma que médicos cubanos vivem em regime autoritário no Brasil

Ao avaliar o crescimento do número de evasão de profissionais do programa Mais Médicos, o deputado Domingos Sávio (MG) afirmou que o acordo do governo Dilma Rousseff com Cuba, administrada pelo regime de 8516574838_413edcaaa3_oRaúl Castro, viola a autonomia e a independência do Brasil. Balanço do Ministério da Saúde aponta que, desde o início do programa, no final do ano passado, ao menos 192 médicos abandonaram a ação, sendo que 27 são cubanos.

Segundo ele, os cubanos estão vivendo em um regime autoritário dentro do Brasil. “Eles tinham e devem respeitar as leis brasileiras e têm que ser protegidos pelas leis nacionais. Eles não podem ser tratados como escravos. São pessoas que merecem nosso respeito”, disse. “O governo do PT agora mostra as garras e mostra que é um governo que quer destruir valores essenciais da democracia, como a liberdade das pessoas.”

O tucano não acredita em asilo político aos profissionais, constantemente vigiados pela Embaixada de Cuba. “Porque o governo petista gosta mesmo é de uma ditadura. Eles são fãs número 1 da ditadura de Cuba e da Venezuela.”

Na coletiva à imprensa, o ministro Arthur Chioro deu a entender que o Brasil não vai tentar negociar o aumento de salário dos médicos com Cuba, já que os valores são acertados entre o país e a Organização Panamericana de Saúde (Opas). Hoje, o profissional vindo da ilha ganha R$ 900 do total de R$ 10 mil repassados ao regime dos irmãos Castro.

“São pessoas que temos que tratar com respeito, com humanidade, não ficar tratando como se fossem mera mercadoria do governo de Cuba, alugada para o povo brasileiro para prestar um serviço”, disse.

A discussão ganhou força na semana passada com o episódio da cubana Ramona Rodriguez, que atuava pelo programa na cidade de Pacajá (PA). Ela está em Brasília desde 1º de fevereiro e disse que deixou o programa por não concordar que os médicos vindos de Cuba recebam US$ 400 enquanto profissionais de outros países participantes do programa têm salário de R$ 10 mil por mês.

O deputado acredita que os profissionais da ilha vivem com uma espada sobre a cabeça. “Ou dizem que está tudo bem ou são tratados como criminoso em Cuba.”

Menos médicos

Nos últimos dias, porém, o ministério foi informado de outros 89 profissionais que não têm aparecido nos postos de saúde para trabalhar. Desse total, 80 são brasileiros formados no país, cinco são estrangeiros ou brasileiros formados fora e quatro são cubanos.

De acordo com o portal “UOL”, entre os quatro cubanos mencionados pelo ministério está Ortelio Jaime Guerra, que atuava em Pariquera-Açu (SP), e anunciou no Facebook que está nos Estados Unidos. Os outros três atuavam em Rio do Antonio (BA), Belém de São Francisco (PE) e Timbera (MA), respectivamente. O paradeiro deles é desconhecido.

(Reportagem: Alessandra Galvão e Gabriel Garcia / Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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11 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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