Salário retido


Deputados criticam financiamento da ditadura cubana com salário de médicos

Jutahy_AbiackelDeputados do PSDB voltaram a manifestar apoio à médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos. No último sábado ela deixou a cidade de Pacajá (PA), onde atuava, e veio para Brasília. Na capital federal, pediu auxílio ao DEM para ter asilo político no Brasil depois de descobrir que os demais profissionais estrangeiros recebem R$ 10 mil. Segundo Ramona, os cubanos embolsam US$ 400 (cerca de R$ 965). Os tucanos exigem explicações do governo sobre os contratos de trabalho assinados pelos médicos. 

O deputado Paulo Abi-Ackel (MG) disse que não é o caso de fazer juízo de valor sobre a necessidade ou não da atuação de médicos estrangeiros no país, mas de uma situação absurda que precisa ser explicada. “O caso demonstra pelo menos uma coisa: ninguém gosta de ter a maior parte de seu salário ‘retida’ pelo Estado. Para o governo do PT, porém, parece normal que o suor alheio sirva para financiar uma das mais longevas ditaduras do mundo”, criticou.

Para Jutahy Junior (BA), a situação assemelha-se ao trabalho escravo. “O governo ditatorial de Cuba fica com 75% do valor da remuneração dos médicos. Só um governo petista é capaz de permitir tamanha vergonha”, postou o deputado no Facebook.

Em entrevista na quarta-feira (5), a médica declarou que as condições de trabalho do programa são de fato semelhantes ao trabalho escravo. A cubana disse ter se sentido enganada. “Em Cuba falaram para nós que teríamos um contrato de trabalho por mil dólares, U$ 400 aqui trocado e U$ 600 dólares em uma conta. Mas quando eu vim para cá, que comecei a ver pela internet e falar com médicos da Colômbia, Venezuela, que ficavam aqui trabalhando no mesmo programa, eles falaram que eram R$ 10 mil. Eu fui investigando e descobri que 10 mil dão para o nosso país. É um engano, uma vergonha para nós. Por isso eu decidi fugir”, apontou. 

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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6 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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