Brasil no mau caminho


Má condução da economia provoca pessimismo e mina credibilidade do Planalto

Há um pessimismo generalizado a respeito da condução da economia brasileira. Os números negativos levam especialistas a revisarem constantemente a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), da inflação e da taxa de juros. Com a credibilidade abalada, a economia virou o calcanhar de Aquiles da presidente Dilma Rousseff. Para deputados tucanos, a petista inicia o último ano de mandato de “forma melancólica”.

charge-1701“O que a gente percebe é uma economia completamente desorganizada, uma verdadeira bagunça. A inflação voltou, o custo de vida dificulta o dia a dia da população, o endividamento é muito grande e cresce a falta de confiança em relação ao futuro”, avaliou o líder do PSDB na Câmara a partir deste mês, Antonio Imbassahy (BA). “Isso tudo por causa de um governo incompetente e negligente, que gasta muito o dinheiro do contribuinte”, reprovou.  Na opinião do parlamentar, a atual situação das contas do país é vergonhosa e inacreditável.

O deputado Paulo Abi-Ackel (MG) diz que, na verdade, existem dois calcanhares de Aquiles na gestão petista. “O primeiro é a questão da economia. Estamos falando de taxa de câmbio, de queda de exportação, de queda das bolsas e de aumento de inflação”, pontuou. “No calcanhar esquerdo, não podemos esquecer que o atual cenário decorre da estagnação do país.”

Ele destacou que a paralisia ocorre por causa da péssima infraestrutura. “Porque o governo do PT não investiu em gestão pública, não trabalhou na eficiência da máquina administrativa. Preferiu fazer aquelas velhas práticas condenáveis de toma-lá-dá-cá, de colocar pessoas despreparadas que são vinculadas a partidos políticos que fazem parte do loteamento do governo”, concluiu.

EXEMPLOS DE UM BRASIL NO MAU CAMINHO

Nem arrecadação em alta consegue acompanhar gastança

Dados divulgados semana passada pelo Tesouro Nacional mostram que, em linhas gerais, o governo federal gastou como nunca, investiu uma ninharia e produziu o menor saldo fiscal desde 2009, ano de crise econômica brava. No ano passado, as despesas do governo federal aumentaram R$ 109 bilhões. Isso significa alta nominal de 13,6% na comparação com o resultado de 2012, enquanto as receitas aumentaram 11,2%.

Crescimento pífio

Os resultados do Produto Interno Bruto parecem piada sem graça no governo da presidente Dilma. De acordo com as previsões mais otimistas, a economia deve ter expandido apenas 2,3% no ano passado. Isso depois de a economia ter crescido irrisório 1% em 2012. “PIBinhos” se repetem na gestão Dilma. E para 2014 o cenário não é bom: segundo a última edição do boletim Focus, do Banco Central, a expansão deve ser de somente 1,91%.

Inflação longe do centro da meta

Quem voltou, infelizmente, foi o dragão da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano passado em 5,91%, bem distante do centro da meta de 4,5%. Para o futuro, nada de otimismo. Economistas ouvidos pelo BC estimam um índice de 6% para este ano, segundo a edição do boletim Focus divulgada dia 3/02.

Juros a 10,5%

Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, atingindo 10,5% ao ano – o maior patamar em dois anos. A alta dos juros veio no topo das expectativas de analistas, que projetavam alta de 0,25 a 0,5 ponto percentual. Pior: analistas seguem prevendo alta dos juros para 10,75% ao ano em fevereiro, de acordo com o mais recente levantamento do Banco Central.

Superávit maquiado
Dos R$ 77 bilhões do superávit (economia para pagamento dos juros), a economia efetiva de despesas representou apenas 21% do resultado. Ou seja, o esforço fiscal real da gestão petista não passou de R$ 16 bilhões no ano. Tudo o mais veio de receitas extraordinárias e pagamentos de estatais. O superávit do ano passado equivale a 1,6% do PIB. Foi o menor em quatro anos e quase 13% inferior ao de 2012.

Piora no comércio externo

O Brasil registrou o pior resultado no comércio externo em 13 anos. O superávit de US$ 2,6 bilhões foi 87% inferior ao de 2012 e o menor desde 2000.

(Reportagem: Gabriel Garcia/ Charge: Fernando Cabral – PSDB)

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4 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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