Desperdício


Gastos do governo no exterior ignoram reais necessidades da população, afirma João Campos

8094734098_ffb27f0e5a_hEnquanto o país enfrenta problemas econômicos, como inflação alta, e incertezas sobre a realização da Copa do Mundo, a presidente Dilma não se preocupa em esclarecer gastos feitos em viagens ao exterior. Para o deputado João Campos (GO), isso comprova que o governo esbanja internamente e não atende as prioridades da sociedade. “Estes gastos em relação a viagens internacionais, que não atende ao interesse público, é apenas uma demonstração da falta de transparência”, alertou.

Nesta segunda-feira (3), o jornalista Ricardo Noblat destaca que o sigilo da viagem da petista a Lisboa não foi o único caso. Segundo ele, em 2012, a presidente não queria informar à sociedade sobre o seu paradeiro em viagem a Palermo, na Itália, quando retornava de uma visita à Índia.

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Campos alerta que o Brasil tem outras prioridades, como obras de infraestrutura e mobilidade urbana. “Eu poderia destacar várias outras situações de relevância para a sociedade que o governo não dá a devida resposta. Se o governo não tem essa capacidade interna, teria em relação às iniciativas internacionais? Claro que não. O desperdício de dinheiro público nestas viagens com paradas técnicas que não se justificam revela exatamente isso: nós temos um governo esbanjador”, condenou. 

Noblat destaca que “fora os presidentes-generais da ditadura militar de 1964, presidente algum foi tão autoritário quanto Dilma. Nenhum deles — nem mesmo Fernando Collor de Mello, o primeiro a ser eleito pelo voto direto, em 1989. Ministros deixaram o governo Dilma por não suportá-la”.

João Campos ressalta que o PT trabalha com a lógica de menosprezar o cidadão e as oposições. “Acham que esconder as informações ou mentir vai prevalecer apenas porque estão no poder. Qualquer informação dada por eles parte da premissa de que ninguém vai questionar. Na democracia as autoridades devem ser questionadas, e aí vem a público que a informação não é verdadeira. A consequência disso é a perda da credibilidade e a confiança”, disse. 

Em coluna no jornal “Folha de S.Paulo” desta segunda-feira (3), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), aponta que o governo federal “fez uma grave opção política ao abandonar a referência da legitimidade para atuar nas brechas da legalidade, onde vale tudo o que não é expressamente proibido”. Ele se refere à passagem da presidente por Lisboa, que “não precisaria ter tomado a dimensão que tomou se o governo tivesse se posicionado com transparência e clareza”. O senador questiona ainda “por que, afinal, os brasileiros não podem saber onde está a maior autoridade do país e quanto custam suas viagens”.

(Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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3 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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