Reforma esquecida


Dilma descumpre promessa de campanha e carga tributária bate recorde, alerta Azeredo

O deputado Eduardo Azeredo (MG) alertou nesta sexta-feira (31) para o aumento sucessivo da carga tributária brasileira e lembrou que a promessa de reforma feita por Dilma antes de se eleger ficou só no discurso. O 8164575833_82d1004baa_zcompromisso não se concretizou e a arrecadação de impostos atingiu recorde no ano passado, com 36,42% do PIB. A cada ano o percentual aumenta, colocando o país em primeiro lugar disparado entre as nações emergentes que mais arrecadam.

Durante evento na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em maio de 2010, a então pré-candidata à Presidência afirmou: “Sou favorável à reforma tributária. Assumo o compromisso porque é a reforma das reformas”. Mas, eleita, a petista nada fez para executar sua promessa.

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“Hoje nossa carga tributária é a maior entre os países emergentes e o governo nada tem feito para reduzi-la”, destacou Azeredo. O parlamentar lembra que seria fácil para Dilma fazer as mudanças necessárias com a maioria ampla que possui no Congresso. De acordo com o deputado, isso só não aconteceu em três anos de mandato por falta de interesse da própria presidente.

“Essa maioria formada pelos conchavos não serve sequer para aprovar projetos prometidos pela própria presidente, como é o caso da diminuição da carga por meio da reforma”, ressalta.

Azeredo afirma que o governo do PT optou, na verdade, por medidas pontuais (como a redução do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados– para alguns setores, por exemplo) e estruturalmente nada fez para diminuir o peso dos tributos, que fazem os brasileiros trabalharem quase cinco meses do ano somente para pagar impostos.

São tantas taxas, contribuições e impostos que muitos setores da economia desanimam em ampliar suas atividades e outros não conseguem sequer se manter no mercado. Nos últimos anos, a arrecadação subiu a cada exercício e o Brasil mantém a maior carga entre os Brics.

É o trabalhador quem mais sofre com o peso dos impostos, observa Azeredo.  “Temos o exemplo do Imposto de Renda, pago pelos assalariados e que tem sido, ano a ano, corrigido abaixo da inflação sem que o governo dê qualquer explicação. Esse é um tema que deve ser enfrentado. Nossos impostos são mal distribuídos, mal cobrados e mal aplicados.”

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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31 janeiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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