Bomba-relógio


Enquanto a presidente exige sacrifício dos brasileiros, faz extravagâncias com recursos públicos

nogueira2-300x277Deputados tucanos afirmam que o governo federal penaliza a população ao pedir ao Congresso Nacional para evitar a votação de projetos sociais, como os que criam os pisos salariais para agentes de saúde e policiais. Na opinião dos parlamentares, a presidente Dilma Rousseff está preocupada apenas em preservar a inchada máquina pública e em fazer extravagância com recursos públicos em viagens internacionais.

Para o deputado Duarte Nogueira (SP), Dilma é incoerente em relação ao comportamento da própria administração petista. “Quem dá o péssimo exemplo de austeridade é a presidente, além do seu perdulário governo. Ela vem pedir sacrifício para a sociedade naquilo que diz respeito a investimentos que vão direto para a população brasileira”, condenou.

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Nogueira acrescenta que a presidente está mais focada em investir recursos em Cuba, com dinheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), enquanto os brasileiros sofrem com falta de segurança e saúde precária. “Temos no Brasil um verdadeiro cabide de emprego, com aumento dos gastos públicos e diminuição de investimentos sociais.”

O deputado Alfredo Kaefer (PR) diz que a presidente Dilma não tem moral para cobrar o Congresso Nacional. “O discurso cai no vazio no momento em que a presidente não olha para o próprio umbigo”, lamentou. “Estamos com 39 ministérios, a gastança pública está desenfreada e não atingimos o superávit fiscal.”

Na opinião de Luiz Carlos Hauly (PR), o pedido é o retrato de um governo perdido e sem direção. “A presidente Dilma termina o mandato de forma patética, com alta da inflação e um crescimento ridículo da economia, o chamado PIBinho. Houve uma verdadeira inversão de prioridade. Além disso, o governo aplica muito mal os recursos públicos”, reprovou.

A “Folha de S.Paulo” informa nesta sexta-feira(31)  que, em sua mensagem para a reabertura dos trabalhos do Congresso, Dilma vai fazer novo apelo em favor do controle de gastos neste último ano de gestão, que será dedicado à campanha da reeleição.

De acordo com a reportagem, o recado do Planalto foi direcionado especialmente à Câmara –que tem ao menos sete propostas engatilhadas que podem aumentar gastos públicos, como os projetos que criam pisos salariais para agentes de saúde e policiais.

Os deputados condenaram o que consideram uma verdadeira inversão de prioridade: os gastos do governo federal atingiram um recorde histórico no ano passado, mas os investimentos ficaram estagnados. “O governo precisa investir em segurança, saúde, educação e infraestrutura. O Brasil tem aplicado muito pouco nessas áreas”, avaliou Kaefer.

Dados do Tesouro Nacional apontam que as despesas somaram R$ 914 bilhões, alta de 7,3% acima da inflação sobre o montante de 2012. Os investimentos cresceram 0,5% na mesma base de comparação e ficaram em R$ 63,2 bilhões.

(Reportagem: Gabriel Garcia / Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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31 janeiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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