Maquiagem?

 Sindicato contesta posicionamento da CGU sobre regularidade de contas do Ministério da Saúde

O Unacom Sindical, entidade que representa os analistas e técnicos de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), manifestou contrariedade quanto à nota de esclarecimento divulgada pela Assessoria de Comunicação Social da própria CGU no último dia 15 a respeito de auditoria feita pelo órgão de controle nas contas anuais do Ministério da Saúde referentes ao exercício de 2012. A Unacom explica que a nota classificou essas contas de “regulares com ressalvas”, conforme a proposta original da equipe técnica que efetuou os trabalhos no ministério. No entanto, os auditores manifestaram-se pela irregularidade.

“Logo, a decisão final não coube à equipe de auditoria, mas às instâncias superiores que detêm essa competência legal”, alerta o sindicato. A pasta da Saúde é comandada pelo petista Alexandre Padilha, que deve se candidatar neste ano ao Governo de São Paulo. O sindicato recorda que em março de 2013 já havia sugerido ao ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, o aprimoramento dos sistemas internos do órgão para dar mais transparência às ações de controle interno da controladoria.

De acordo com reportagem do portal UOL publicada no último dia 14, o relatório da Controladoria-Geral da União aponta, por exemplo, que o Ministério da Saúde teria gasto cerca de R$ 2 milhões em pagamentos indevidos para a realização de uma feira em Brasília em outubro de 2012. O ministério teria gerado um prejuízo de R$ 1,4 milhão em pagamentos a serviços não prestados ou prestados em quantidade inferior ao cobrado, segundo a CGU.  “As irregularidades referem-se a gastos com gráfica e telas para projeção, além de  hospedagem. O relatório constatou que foi pago um aluguel mais caro que o normal para a realização do evento”, diz trecho da matéria. O ministério contesta as informações.

(Da redação)