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João Campos condena descumprimento de promessas de Dilma na segurança pública

Para o deputado e delegado licenciado João Campos (GO), a falta de investimento e o desprezo com a segurança no país, como mostram episódios recentes no Maranhão, apenas reforçam como Dilma  descumpre suas promessas de campanha. A questão é cobrada insistentemente pela sociedade, mas, segundo o tucano, o governo culpa os estados e ignora o seu papel. A petista se comprometeu, por exemplo, a ampliar o controle das fronteiras para coibir a entrada de armas e de drogas, fazer uma reforma radical no sistema penitenciário e mudar as leis processuais penais, além de lutar contra o crime organizado, especialmente a lavagem de dinheiro e o roubo de cargas. Três anos depois, muito pouco saiu do papel. 

No início da gestão, Dilma se comprometeu a reduzir os índices de criminalidade. A petista anunciou que faria de imediato uma reunião com todos os governadores e o ministro da Justiça para que o governo federal fosse o indutor de uma política de segurança pública. Segundo Campos, isso nunca aconteceu. O deputado ressaltou que são registrados cerca de 50 mil homicídios por ano e mais de 50 mil estupros. Ainda assim, o Planalto permanece indiferente. “O governo não tem a devida noção do seu papel com a sociedade. O mínimo que se exige é sensibilidade e uma postura de responsabilidade para reduzir a quantidade de mortes”, pontuou. 

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Desvio de responsabilidades

A postura do Executivo federal provoca crise na área e o sucateamento da própria Polícia Federal, já que a instituição não conta com melhorias na estrutura. “É bom destacar que as circunstâncias que mais fomentam a violência hoje no país são as drogas e as armas. E a quem compete fazer o enfrentamento aos tráficos de drogas e armas? Não são as policias estaduais, é a Polícia Federal. Essa matéria está na Constituição”, observou o tucano, ao alertar também para a vulnerabilidade das fronteiras, permitindo o ingresso de drogas como o crack. 

Outro ponto lembrado pelo tucano é de que alguns setores veem atribuindo a lei de ser frouxa no cumprimento de penas, sendo segundo ele, uma tentativa de justificar a ineficiência de meios. Campos concorda que a lei de fato não é tão dura tanto quanto deveria, mas não o bastante o quanto atribuem. Resultado disso é de que as prisões estão cheias.

Outro problema é a lotação das prisões e a lentidão do sistema. “De outro lado há ineficiência do sistema prisional e do Ministério Público, que permite que ações penais sejam prescritas sem que a denúncia seja oferecida. Ineficiência do Judiciário por falta de juízes, das polícias por falta de salários e equipamentos modernos. O sistema está comprometido”, destacou. 

(Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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13 janeiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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