Atrasos e sobrepreço


Infraestrutura desastrosa será legado para sucessor de Dilma, alerta Nilson Leitão

Quem assumir o comando do Brasil em 2015 receberá um legado de muito atraso na infraestrutura com obras que já deveriam ter sido concluídas, mas esbarram na resistência ideológica do governo do PT. Graças à relutância petista contra as privatizações, as concessões de importantes portos, aeroportos e rodovias foram atrasadas por vários anos.

Para o deputado Nilson Leitão (MT), a forma como as gestões de Lula e Dilma cuidaram da infraestrutura do país demonstra total incompetência. “Um partido que comanda o país e não tem o discernimento do que é o certo ou errado e confunde o público com o privado consegue atrapalhar o desenvolvimento nacional”, critica o tucano.

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“É uma brincadeira de mau gosto, pois envolve não só a inoperância, como também a corrupção. Praticamente todas as obras do governo federal têm sobrepreço, superfaturamento, são feitas de qualquer jeito”, avaliou.

Esse atraso em obras vitais para reduzir os custos de produção e de transporte tira o Brasil a capacidade de competir no exterior e pressiona a inflação, como observa o jornal “Correio Braziliense”.

Acreditando que o Estado seria capaz de fazer tudo, a presidente Dilma resistiu, o quanto pôde, a transferir obras vitais à iniciativa privada. Foi preciso que uma onda de pessimismo varresse o Brasil para que estradas, aeroportos, ferrovias e portos começassem a ser repassados à iniciativa privada.

Embora o processo esteja em andamento, há um longo caminho a percorrer, forrado de burocracia e de leis anacrônicas. Será preciso correr para dar maior competitividade aos produtos brasileiros no exterior e, principalmente, ajudar o Banco Central na dura missão de pôr a inflação na meta.

“Quem assumir esse legado, vai assumir sabendo que precisa começar tudo. Muito do que se tem terá de ser recomeçado do ponto de vista da legalidade”, destaca o deputado, ao ressaltar que no caso das obras tocadas pelo próprio governo, as irregularidades imperam.

As privatizações do governo petista devem começar a render alguns frutos a partir deste ano, pois só algumas importantes rodovias serão concedidas. Mas o cenário está longe do ideal. Sem falar que a maioria começou mal, com modelos que precisaram ser repensados por conta da incompetência gerencial do Executivo.

A infraestrutura capenga também inclui as ferrovias, essenciais para alavancar o crescimento do país ao melhorar a logística. A Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, e a Norte-Sul, tocadas pela Valec deveriam estar parcialmente prontas ainda no governo Lula, mas não estarão concluídas no final do mandato de sua sucessora.

 “O que nós da oposição, e o Brasil também, podemos fazer para mudar isso é dar uma resposta esse ano nas urnas”, alerta Leitão. A Norte-Sul permitirá escoar com mais qualidade e menos custos a safra agrícola da região Centro-Oeste em direção a portos no Norte e no Sudeste. A Fiol, por sua vez, vai dar condições para o início da exploração de uma das maiores minas de minério de ferro do mundo.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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7 janeiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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