Débito bate recorde


Crescimento da dívida externa na gestão Dilma revela erros da política adotada pelo governo

8595634960_8f0f8631b9_cO crescimento de 37% da dívida externa brasileira na gestão Dilma Rousseff revela os erros da política externa adotada pelo governo federal. Essa é a avaliação do deputado Valdivino de Oliveira (GO). Em valores absolutos, o débito cresceu US$ 130,2 bilhões, complicando um quadro que era considerado confortável até então. É o maior valor desde o início da série histórica do Banco Central, em 1971.

Para o tucano, o índice é preocupante e prejudica o crescimento econômico. “Isso leva o Brasil a uma posição de desequilíbrio. O Brasil é um país hoje altamente dependente do setor externo e com uma dívida maior a cada dia que passa. É evidente que isso segura o crescimento da nossa economia e o nosso processo de desenvolvimento econômico”, afirmou nesta sexta-feira (27).

São US$ 482 bilhões em débitos no exterior, incluindo as faturas do governo, dos bancos, de empresas e os empréstimos intercompanhias, ou seja, aquelas transações feitas geralmente entre as filiais de multinacionais no Brasil e suas sedes fora do país.

O cronograma do vencimento desses débitos, detalhado pela autoridade monetária, torna a situação mais delicada, de acordo com reportagem do jornal “Correio Braziliense”. Um terço do saldo total — US$ 157,2 bilhões — vencerá nos próximos dois anos, período de mudanças na política monetária do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e de desconfiança acerca do próximo governo por aqui.

Bancos e empresas foram os principais responsáveis pelo aumento da dívida no governo Dilma. Os débitos de ambos tiveram crescimento de 29% nos últimos três anos, segundo dados do Banco Central.

Conforme destacou Valdivino, com dificuldades para refinanciar os débitos no exterior, com custos cada vez mais altos, as companhias perdem capacidade de investimento. O parlamentar ressaltou que a desconfiança em relação ao Brasil só aumenta. “As companhias que buscaram esses recursos lá fora vão ficando muito mais endividadas, porque a taxa cambial saiu do controle do governo. Com isso o setor interno acaba se endividando mais e apresentando em seus balanços resultados mais negativos. Isso diminui a confiança no país e o interesse dos empresários em realizar novos investimentos”, ressaltou.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola)

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27 dezembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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