Tragédia dos números
Geração de empregos tem pior índice em 10 anos e fecha ano ruim na economia, avalia Kaefer
Geração de empregos com carteira assinada tem o pior resultado desde 2003 e fecha uma série de resultados negativos para a economia brasileira, avalia o deputado Alfredo Kaefer (PR). De janeiro a novembro deste ano, foram criadas 1,54 milhão de vagas, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
“Só faltava esse indicador para termos o quadro completo de notícias ruins da economia. O que segurava ainda era o nível de emprego, que se mantinha em patamar razoável. Mas era a história: pleno emprego de dois salários mínimos”, observou o tucano. Na comparação com os onze primeiros meses do ano passado (1,77 milhão de vagas abertas), houve queda de 12,6%.
O indicador de empregos formais é o “fechamento da tragédia dos números econômicos do ano”, ressalta Kaefer. “Não fechamos superávit primário, nossa inflação está no limite máximo, a taxa Selic foi a 10%, a balança comercial fecha negativa. Os índices macroeconômicos não estão bons”, explicou o deputado.
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos onze primeiros meses deste ano, com 652.522 postos abertos (contra 773.687 no mesmo período do ano passado), ao mesmo tempo em que a indústria de transformação foi responsável pela contratação de 289.937 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a novembro do ano passado, a indústria abriu 260.753 vagas.
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