Descaso do governo


Condições precárias da infraestrutura brasileira impedem crescimento da economia

A precária infraestrutura do Brasil trava o crescimento do Produto Interno Bruto, impede melhoria na vida da população e aumenta o custo dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro. Essa é a avaliação dos 10695118423_53bf8e6925_bdeputados Nilson Leitão (MT) e Duarte Nogueira (SP). Os tucanos condenam as “condições lastimáveis” das estradas e ferrovias do país, que trazem enormes prejuízos ao desenvolvimento. O Mato Grosso é vítima direta do descaso do governo federal. Do total de 150 milhões de toneladas de grãos produzidas por ano, um terço sai do estado.

“Nos dez anos de PT no governo, o Brasil não conseguiu avançar na logística. Como consequência, o nosso agronegócio sofre. A verdade é lamentável, mas o governo petista não acompanhou a evolução do setor que mantém a economia na azul, que mantém a balança comercial”, reprovou Leitão. Ele destaca que os produtores do estado evoluíram, investiram e incentivaram o importante segmento, mas, da porteira da fora da unidade federativa, “continua sendo um país de terceiro mundo”.

Ex-secretária de Agricultura de São Paulo, Duarte Nogueira conhece a realidade dos produtores e presenciou de perto o descaso do PT. Na opinião do tucano, o Brasil paga caro pela ineficiência da perdulária administração federal comandada pela presidente Dilma Rousseff e seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva. “É o preço que pagamos pela ausência do governo federal”, reprovou.

O Jornal Nacional percorreu a principal rota de produção de grãos do Centro-Oeste até o Porto de Santos. O percurso é preocupante. Percebeu que gigantescas lavouras, em breve, vão gerar uma grande safra de grãos. Pelas contas dos produtores do norte de Mato Grosso, serão 50 milhões de toneladas de soja e milho colhidas a partir de fevereiro.

A boa notícia fica por aqui. A região sofre com a falta de infraestrutura de transportes. O único trem, que parte de Rondonópolis, a 500 quilômetros das principais lavouras, não consegue atender nem um quarto da demanda: duas mil carretas carregadas por dia. Se tudo acontecesse normalmente, o trem levaria uma noite e um dia para vencer o trajeto de 1,6 mil quilômetros de ferrovia. Como a realidade é diferente, demora seis dias para descarregar.

Assim, os produtores recorrem aos caminhões. Gastam menos de um terço do tempo. Se há economia de tempo, sobra desperdício de recursos. A ineficiência mostra novamente a fatura da conta: desgaste do veículo, crateras nas pistas e perigos.

Leitão afirma que o prejuízo poderia ser transformado em riqueza e desenvolvimento. “Mas, ao contrário, os produtores desperdiçam com o frete mais caro do mundo, onde nós temos a agricultura mais eficiente”, acrescentou.

Ainda de acordo com o Jornal Nacional, de caminhão, de Mato Grosso até o Porto de Santos, o transporte de uma saca de milho custa R$ 18. O dobro do valor do próprio milho, que gira em torno de R$ 9 a saca.

Nilson Leitão e Duarte Nogueira concluem que o governo do PT demorou muito tempo para privatizar as estradas, portos e ferrovias do Brasil. A consequência é o “ridículo crescimento da economia brasileira, que fechou o ano passado com crescimento de 1%”. A tendência este ano não é nada animadora. Pelas previsões do mercado, o PIB deve fechar em 2,3%.

(Da redação / Foto: Alexssandro Loyola)

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20 dezembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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