Saco de maldades, por César Colnago
Recentemente “A Gazeta” estampou a manchete “Por que Dilma ignora o ES?”, na busca de uma explicação para o desprezo do Palácio do Planalto com o nosso Estado, que exporta bilhões da arrecadação de impostos para a União e recebe pífia compensação em obras e investimentos.
Dia sim e noutro também o saco de maldades do governo petista é aberto para subtrair receitas do Espírito Santo.
Agora, acontece novo revés para os capixabas. Querem espoliar o produtor rural que gera riquezas e empregos.
O governo federal autorizou a renegociação de dívidas só dos produtores de café Arábica deixando de fora os de Conilon, em que pese o fato do Espírito Santo liderar o ranking nacional dessa variedade, responsável por 9,35 milhões de sacas, 76% de tudo que se produz desse café no país.
Se a liderança na produção de Conilon fosse de outro estado da federação – São Paulo, Minas ou algum do Nordeste – será que essa retaliação ocorreria?
Cobramos medidas para tirar nosso cafeicultor da crise de descapitalização tais como: igualdade de tratamento entre Conilon e Arábica; repactuação da dívida; preço mínimo compatível com o custo de produção.
Afinal são 40 mil propriedades, envolvendo 78 mil famílias e mais de 400 mil pessoas totalizando a geração de 250 mil empregos em mais de 50 municípios.
Outra retaliação se deu contra canavieiros que também ficaram de fora dos efeitos de medidas provisórias que tratam da subvenção de R$ 12,00 por tonelada da safra de cana-de-açúcar 2011-2012.
Apresentei emendas para incluir o Estado, mas foi em vão por conta da má vontade do governo insensível com os prejuízos advindos dos impactos climáticos que reduziram a produção em 19% no Espírito Santo contra 15% no Nordeste, única região beneficiada. Temos 72 mil hectares plantados, 5 usinas fabricando 2 bilhões de toneladas de açúcar e 250 mil metros cúbicos de etanol/ano.
Os prejuízos dos produtores de café e de cana se somarão agora aos prejuízos que o governo Dilma vem impondo impiedosamente à nossa economia. Foi assim com a reforma do ICMS que mutilou o Fundap causando enormes prejuízos aos cofres estaduais com repercussão às receitas de prefeituras.
A mudança nas regras dos royalties de petróleo é outro exemplo, bem como os gargalos da infraestrutura com destaque para o emblemático aeroporto de Vitória, cuja retomada das obras inacabadas foram anunciadas 14 vezes por Lula e Dilma.
Até quando aguentaremos tanta injustiça? Os capixabas precisam levar isso em conta na hora de escolher seus próximos governantes.
(*) César Colnago é vice-líder do PSDB na Câmara dos Deputados. (Foto: Alexssandro Loyola)
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