A história fará justiça, por Sérgio Guerra
A história ainda vai dar conta de fazer justiça com o PSDB e patentear o principal programa de transferência de renda do Brasil – o Bolsa Família – como uma ação dos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O PT narra fatos contrários. Falseia a história. Apropria-se escancaradamente do programa, assim como de outras políticas tucanas, para levar o Brasil a se enxergar como um País que passou a existir nos últimos 13 anos em que o PT assumiu o poder.
Em dez anos de existências, completados recentemente, o Bolsa Família recebeu novamente do PSDB o benefício da seguridade, alçando ao posto de política de Estado. Não de governo. Pior: dos governos do PT como querem crer seus dirigentes. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), resguardou o programa Bolsa Família de qualquer mandatário que venha a subir a rampa do Planalto Central. O tirou da dependência da boa vontade dos governos e o transformou em Projeto de Lei.
Mas esse é só um capítulo de uma história de compromisso do PSDB com o social que começa lá atrás. Em 1998, o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criou e deu alcance nacional ao programa batizado pelo PT de Bolsa Família. Voltado para os pobres, FHC não se conformou em ser apenas benévolo, complacente com uma grande parte da população brasileira que vive mergulhada na pobreza. Condicionou o recebimento do benefício a duas exigências: frequência escolar comprovada e atualização da carteira de vacinação.
Aí veio o PT. E sob o nome de Bolsa Família, nada mais fez do que reunir os cadastros de todos os programas sociais de Fernando Henrique. Quem não se lembra do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio-Gás, do Programa Garantia de Renda Mínima, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Programa de Distribuição Emergencial de Alimentos, Programa Bolsa Renda, Cartão Cidadão e do Cadastramento Único do Governo Federal?
O PT insiste em passar uma borracha em todos eles e escrever a história pela lógica do “nunca antes na história desse país…”, gabando-se de ter feito tudo, sobretudo o Bolsa Família. Esquece-se, porém, do mal-afamado Fome Zero. Esse sim, comprovadamente um programa de autoria do Partido dos Trabalhadores que ele próprio tratou de abandoná-lo.
O Bolsa Família é mérito do PSDB sim. Mas o partido não se conformará em aprisionar o Brasil à mera transferência de um benefício assistencial. O presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves, já antecipou que o compromisso do PSDB é fugir da “administração da miséria”, como prega o PT. E pela Educação, acredita que o Bolsa Família deixará de ser “o ponto de chegada para ser o de partida”. O da partida de milhares de famílias para o mercado de trabalho e para uma vida mais digna.
(*) O deputado Sérgio Guerra é presidente do PSDB-PE e do Instituto Teotônio Vilela.
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