Negligência mortal

Imbassahy condena falta de aplicação de verbas antienchente pelo governo petista

Todos os anos, nos meses de dezembro e janeiro, as fortes chuvas de verão costumam causar estragos irreparáveis no país. Foi o que ocorreu, por exemplo, em Lajedinho (BA), onde pelo menos 16 pessoas morreram em virtude da tempestade que atingiu a região no fim de semana. O fenômeno natural é previsível pelos meteorologistas para este período do ano, mas as providências parecem não serem tomadas pelo governo federal, conforme avalia o deputado Antonio Imbassahy (BA). “Mais uma vez a negligência, a falta de atenção e a incompetência do governo federal ocasionam vitimas, desta vez no meu estado. O governo tem verbas alocadas no orçamento, mas não para aplica estes recursos”, lamentou.

Conforme denunciou o jornal “Correio Braziliense” nesta segunda-feira, só metade do orçamento foi aplicada pelo governo. Os seis ministérios com verbas para conter tais problemas (Integração Nacional, Cidades, Defesa, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e Meio Ambiente) tinham R$ 5,2 bilhões este ano para atuarem em ações de contenção de encostas, sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais e desassoreamento e recuperação de bacias. No entanto, gastaram somente 51% do total, cerca de R$ 2,7 bilhões. Para Imbassahy, isso mostra que o governo não tem o devido interesse no assunto e desrespeita a vida humana. “Se houvesse a devida aplicação dos recursos conforme previsto no orçamento, não teríamos tanta gente hoje em desespero e famílias com tanto sofrimento como ocorreu após essa na Bahia”, afirmou o tucano. 

Alguns dos projetos do governo previstos no orçamento deste ano nem sequer saíram do papel, como o Plano Nacional de Gestão de Risco e Alertas de Desastres Naturais, lançado em 2012, que previa metas como instalação de nove radares meteorológicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Apenas um foi colocado em Natal, Rio Grande do Norte. Os outros ficaram para 2014, caso efetivamente saiam do papel.

(Reportagem: Edjalma Borges/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)