Minas, paradigma de gestão regional do SUS, por Marcus Pestana


Nestes 11 anos de gestão do PSDB em Minas Gerais, um enorme desafio se colocou na saúde pública.

Muito longe de qualquer discurso ufanista, a análise objetiva da realidade encontra em Minas a melhor experiência de gestão regional do SUS. Não é à toa que dezenas de técnicos de outros Estados nos visitam para conhecer nossas experiências inovadoras na saúde.

Construímos o melhor programa de qualificação da estratégia nacional da saúde da família. Somos o Estado que possui o maior número de equipes. Mas o que importa é a qualidade. O programa Saúde em Casa desenvolveu um conjunto de instrumentos para integrar e qualificar o trabalho das diversas equipes. Para os incrédulos, aconselharia conhecer experiências como o Canal Minas Saúde, com suas 8.000 antenas e 80 mil alunos em 2013, falando direto com as mais de 4.000 equipes do PSF nos quatro cantos do nosso território. Ou a maior experiência de telemedicina do Brasil. E o programa pioneiro que construiu mais de 1.600 unidades básicas de saúde, o Programa de Educação Permanente e o Plano Diretor da Atenção Primária.  

Na atenção secundária, que supre a demanda por consultas especializadas e exames, investimos como nunca nos mais de 70 consórcios intermunicipais de saúde, alguns com padrão de qualidade de fazer inveja às mais sofisticadas clínicas privadas. O sistema de transporte em saúde foi considerado pela Organização Pan-Americana da Saúde modelo de logística na integração das redes assistenciais. Destacaram-se neste campo os centros Viva Vida, Hiperdia e Mais Vida.  

Na atenção hospitalar, organizamos o Prohosp, que garantiu recursos para investimentos essenciais, modernizou a gestão, estabeleceu metas, qualificou gestores, ampliou serviços.  

Na urgência e emergência, foi estruturada a rede de atenção pioneira e inovadora que salvou mais de mil vidas em seu primeiro ano no Norte de Minas, mudando conceitos, introduzindo o Protocolo de Manchester, hierarquizando os hospitais e estabelecendo um centro regional único de comando. Foi essa experiência que levou o criador do Samu, o francês Miguel Martinez, em sua visita a Montes Claros, a não esconder sua admiração: “é o melhor Samu do mundo”.

Na assistência farmacêutica, o programa Farmácia de Minas, com suas quase 700 unidades, interiorizando a presença dos profissionais farmacêuticos integrados em rede pela internet, com a ampliação de 41 para 163 medicamentos, foi eleito pelo Conselho Federal de Farmácia e Bioquímica a melhor experiência de organização da assistência farmacêutica.  

O sistema estadual de regulação – SUS fácil – introduziu profissionalismo, agilidade e impessoalidade na gestão dos fluxos assistenciais. O poder migrou para a autoridade sanitária dos médicos reguladores, espalhados nas 13 centrais estaduais de regulação.  

A sociedade tem demonstrado um evidente mal-estar com o mundo da política, mas quando a política gera experiências como as vividas na saúde de Minas nos últimos 11 anos, é possível dizer: vale a pena!  

(*) Marcus Pestana é deputado federal pelo PSDB-MG. Artigo publicado no Jornal “O Tempo” em 2 de dezembro de 2013. (Foto: Alexssandro Loyola)

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2 dezembro, 2013 Artigosblog Sem commentários »

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