Brasil em Debate


Kaefer avalia processo de desindustrialização do país em debate na TV Câmara

O estudo “Brasil: indústria de alta tecnologia?”, elaborado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, mostrou queda na participação da indústria no PIB 9460178634_1b45b32a30_hnacional, que, em 2012, alcançou apenas 13,3% – patamar mais baixo desde 1955. O deputado Alfredo Kaefer (PR) foi um dos convidados da mais recente edição do programa “Brasil em Debate”, da TV Câmara, para discutir os resultados da pesquisa.

Os números obtidos pelo levantamento dão claras demonstrações de que o país enfrenta um processo de desindustrialização. A participação do emprego industrial também caiu. De 27,7% dos empregos formais da economia em 1985, o setor responde atualmente por apenas 17,17%.

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A política de juros e os gargalos na infraestrutura fazem o empresariado desconfiar na hora de investir no país. Para Kaefer, os problemas internos se somam à falta de uma política industrial capaz de impulsionar o crescimento do setor e ao inchaço da máquina pública.

Ao mesmo tempo em que o governo deixa de conter seus gastos, precisa trabalhar a economia de forma artificial, e assim eleva os juros para segurar a inflação. “Não havia outro recurso para controlar a inflação, e se aliaram a isso a supervalorização do real e a carga tributária do país, que é muito elevada. Tudo isso acentuou a desindustrialização nos últimos dez anos”, explicou o tucano.

Kaefer destaca que o agronegócio tem sido a salvação da economia brasileira. Sem ele, o país estaria com um déficit ainda maior. Ele ressalta que 25% de todo o consumo de manufaturados no Brasil já é de produtos importados. “Isso significa que algo está errado”, avalia.

 “Até mesmo no agronegócio, se nós tivéssemos uma política de incentivo, poderíamos agregar valor aos produtos. Um exemplo é que nós poderíamos exportar farelo, óleo ou carne de soja em lugar de grãos de soja e assim gerando empregos e elevando nosso Produto Interno Bruto”, disse.

Como o país nada contra a maré na infraestrutura, contenção de gastos e câmbio, tudo colabora para o baixo desempenho da indústria nacional, que em qualquer outro lugar do mundo é o motor da economia.

 “E o que vemos são incentivos equivocados. Nos últimos anos passamos bilhões de reais via BNDES para empresas que são as campeãs nacionais”, critica Kaefer.

O parlamentar ressalta a importância de um novo pacto federativo, já que hoje dois terços de tudo que se arrecada fica com a União. Ao mesmo tempo, ele destaca ser necessário reduzir a carga tributária, o que só pode ocorrer em paralelo com a redução dos gastos e o enxugamento da máquina em todas as esferas de poder.

O deputado Vanderlei Siraque (PT-SP), que também participou do programa, disse que a carga tributária não foi construída pelo governo do PT. Em resposta, Kaefer lembrou o petista que seu partido teve quase 11 anos para mudar algo.

 “Não podemos atribuir a mais ninguém a não ser a quem está dirigindo o país. O PT está no governo”, completou. Assista a íntegra do programa aqui. Ele estreia hoje (29), às 22h30. Reprises: segunda a sexta, às 3h, às 7h e às 20h30. Segunda, às 12h; terça, às 11h30; sexta, às 12h; sábado, às 15h30; domingo, às 8h30 e às 12h30.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Aúdio: Hélio Ricardo)

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29 novembro, 2013 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Brasil em Debate”

  1. Brasileiras e Brasileiros! Você com menos de 30 anos, talvez não se lembre da maior tragédia econômica ocorrida no Brasil. O autor desse chamamento, José Sarney, hoje senador do Lula, assumiu o poder, após a morte de Tancredo Neves, no governo de transição da ditadura para a democracia, o então presidente José Sarney, com seus milagrosos e fracassados planos econômicos, (Planos Cruzado I, Cruzado II,) e outras medidas como Lei delegada e Lei de Reserva de Mercado etc., levou o país ao fracasso econômico e social, com inflação de até 85% ao mês

    Foi no governo do PSDB, que Fernando Henrique Cardoso ocupou o cargo de ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e posteriormente Presidência da República criou o plano Real, sob o protesto do PT, estabilizou a economia e deu ênfase a política econômica e a aprovação de inúmeras reformas constitucionais.
    No que se refere às reformas, o governo conseguiu que o Congresso Nacional aprovasse a quebra dos monopólios estatais nas áreas de comunicação e petróleo, bancos e outras, bem como a eliminação de restrições ao capital estrangeiro. A ampla política de privatização de empresas estatais renovou o país, por exemplo, nas áreas de telefonia, celulares, internet, etc, e de extração e comercialização de minérios. A EMBRAER privatizada passou ser a segunda produtora de aviões do mundo, só perdendo pro Canadá.
    O Brasil que há mais de trinta anos não vendia produtos industrializados pro exterior, com os preços de produção mais baixos passou a vender produtos agrícolas, aviões, geladeiras, fogão, carros etc. com isso passou a fecha a balança comercial com superávit o que resultou com o pagamento da dívida do FMI.
    Hoje estamos fadados a um deplorável regime ditatorial, pois não existe alternância do poder, ou mesmo se houver, estará longe das escolhas populares. Portanto, quando se alterna o poder, então a democracia realmente funciona, pois nenhuma idéia é infalível e inesgotável para que perpetue, mas há a necessidade de haver novas pessoas com novas idéias, todas convergindo para a democracia.
    Nesse ano eleitoral, antes da ditadura, onde ainda podemos escolher por continuar ou por renovar à maneira de se fazer a política nesse país, que já está cansado de períodos de ditadura, vamos votar pela democracia na alternância de poder. A chave do cofre sempre nas mãos dos mesmos dá-lhes a impressão de que são os donos dela. Use o seu voto e mude o Brasil. Não ao populismo! Não ao assistencialismo! Não ao personalismo! Não aos “ismos” que querem o retrocesso na América Latina, onde um maluco faz escola e um deslumbrado bate palmas! O Estado somos nós, o povo, não o PT e seus milhares de integrantes espalhados pela Administração Pública. “DITADURA NUNCA MAIS”, nem de direita, muito menos de esquerda. Viva a democracia e a alternância do poder!

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