Déficit setorial


Tucanos afirmam que indústria química sofre com falta de competividade

O setor químico é o reflexo da falta de competitividade que sofre a indústria brasileira. O déficit setorial acumulou US$ 26,8 bilhões nos dez primeiros meses deste ano. Na opinião de deputados tucanos, o governo federal 9936238104_9c9194bb23_bnão cria condições para o desenvolvimento da indústria nacional. Acreditam que há muita promessa e pouca ação. O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Paulo Abi-Ackel (MG), aponta uma série de gargalos enfrentada pelo segmento.

“Alto custo dos insumos, especialmente a nafta, elevado preço da energia, escassez de mão de obra qualificada, estrutura tributária perniciosa, transportes inadequados e pesquisa tecnológica insuficiente”, enumerou. A indústria química foi tema de seminário realizado nesta terça-feira (26), a pedido dos deputados Abi-Ackel e Arnaldo Jardim (PPS-SP).

No encontro, o deputado Antonio Imbassahy (BA) questionou a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. Ela disse que o Brasil deve dobrar a exploração e reservas de petróleo e gás nos próximos dez anos, o que pode levar o país até a autossuficiência em gás natural.

Novamente, recorda o tucano, o discurso vem à frente das medidas práticas. Em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, com estardalhaço, uma suposta conquista do Brasil em autossuficiência em petróleo.

“Queremos que o Brasil possa produzir mais gás. É importante para o desenvolvimento da indústria. Mas sinceramente não confiamos nessa promessa. A história mostra que tudo aquilo que o governo anuncia pouco se realiza”, lamentou.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reforçam a avaliação do deputado tucano. Passados sete anos, as importações de petróleo do Brasil aumentaram mais de 140% em julho na comparação anual, enquanto as exportações caíram pela metade.

As importações subiram para 3,124 bilhões de dólares no mês passado, ante 1,233 bilhões de dólares em julho de 2012. Já as exportações recuam para 692,2 milhões de dólares no mês passado, contra 1,348 bilhão de dólares em julho de 2012.

Imbassahy destaca que a Petrobras, respeitada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, vive um retrocesso. “A Petrobras vem declinando, se endividando, perdendo valor patrimonial. Além disso, sua participação no mercado internacional vem diminuindo”, reprovou.

(Reportagem: Gabriel Garcia / Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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26 novembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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